terça-feira, agosto 22, 2006

Crueldade e ironia: O cinema produtor de violência.


A sociedade passa por um período de banalização e espetacularização (como me referi no artigo BBB – O espetáculo superficial).Os ideais de liberdade e democracia sofrem constantes mutações, as utopias inexistem e a ruptura dos valores sociais nos introduz em um mundo cada vez mais competitivo, cruel e desumano.

É certo – e nenhum momento afirmo o contrário – que a violência é fruto de diversos problemas sociais que foram se agravando com políticas corruptas e mal estruturadas e por políticos que deixam o povo à mercê de seus interesses, mas os veículos de comunicação contribuem para essa banalização da violência.Exemplo disso são as séries e filmes produzidos pela indústria estadunidense nas últimas décadas.

O cinema americano inaugura, no final da década de 80 e início da década seguinte, um novo estilo cruel e sarcástico de fazer cinema.O “neo-brutalismo” como é conhecido, mescla ironia e crueldade, criando uma nova imagem ao bandido.Ele passa a ser o centro do espetáculo, pouco importando sua postura e suas ações.

Cria-se, assim, uma espetacularização da violência.Matar, violentar e torturar passa a ser tratado com bom humor, funcionando apenas como pano de fundo para a ação de quem executa o ato.

A violência como entretenimento nos faz pensar que tudo é normal. Somos meros espectadores da crueldade executada no meio social, somos cúmplices de uma sociedade cada vez mais desumana.


baixar bastardos inglorios rmvb pt br blogspot download bastardos inglorios dvd rip blogspot baixar tarantino bastardos inglorios gratis baixar filmografia completa tarantino download novo filme tarantino

5 comentários:

Anônimo disse...

hm... pode, mas num esquece do crédito, tá?
[s]

Anônimo disse...

Concordo que é estupidez ' pagar pau ' pra certos filmes, gibis, músicas e qualquer forma de de exposição de violência (lembrando que a arte reflete seu contexto temporal, e local).

E hoje é isso que acontece na vida real também, violência explícita na esquina de nossas casas, porém ao invés de ' idolatrarem ' a violência temos que encontrar a solução para a redução desta.
(só falei clichê uahua)

Mas que o Marv do Sin City é o cara mais foda do mundo isso ninguém pode negar.

show seu blog nanzin, parabéns.

Anônimo disse...

dessa vez serei ob rigada a concordar.
e lamentar a mente humana ser tão manipulável.

Anônimo disse...

Eu vejo muito mais um problema formal, eh divertido ver o vilão se dar bem, assim como temos o tipo "malandro" como um herói nacional em vários títulos brasileiros. O problema de hollywood eh a receita de fazer filmes deles, nunca muda, desde os anos 80 eles parecem seguir a mesma estrutura misturando os mesmos ingerdientes com nomes diferentes e em diferentes lugares... com mais efeitos especiais... Sim City a meu ver é um salto formal do cinema deles, mas ainda um pouco preso à receita.
A cena alternativa tem apresentado formas muito mais interessantes de roterizar, dirigir, fotografar, maquiar e até vestir suas cenas apresentando realmente uma nova visão da tela grande, muitas veses tratando dos mesmos assuntos de hollywood.
Ah! Quanto ao comentário do Bruno Carvalho:
"(lembrando que a arte reflete seu contexto temporal, e local)"
Equívoco! A arte apresenta realidades alternativas ao comum, novas imagens, novos sons, novas sensações, não só um substrato do que se vê ou sente na vida cotidiana, diser isso é dizer que a mímese é o pilar que sustenta a arte. O que não é verdade.

Anônimo disse...

Hum... eu discordo.
Não acho que a intenção do diretor foi banalizar a violência (no exemplo q vc deu, Renan). E com certeza nao passei a idolatrá-la após o filme.
Acho que, para chamar a atenção ou não, esse é o estilo do Quentin Tarantino.