sexta-feira, maio 26, 2006

DiaryBoard - "Um choque de genialidade"


" Nem o capuccino quente depois do filme me ajudou a digerir Jean Luc Godard. Minha primeira experiência com seu cinema foi um choque, um espanto, um novo sentido de arte cinematográfica. Em uma palavra: Genialidade - pra não comentar em poucas e injustas linhas um brilhantismo irredutível.
"A Chinesa" (La Chinoise, 1967) é uma aula de socialismo, de revolução, de história. De Marx e Lenin a Sartre, Camus passando pelo teatro de Samuel Becket e Brecht, o roteiro é digno de um gênio. Godard é pra ser lido e não apenas assistido, as imagens complementam o brilhantismo do texto. É um filme para ser revisto, esmiuçado, estudado, digerido aos poucos.
Godard me proporcionou nas telas o que Garcia Márquez, Sartre e Borges me propiciam na literatura, um estado de euforia, um ecstasy, um prazer.Impossível traduzi-lo em palavras sem reduzi-lo"

quinta-feira, maio 18, 2006

Clássicos do cinema brasileiro - Vidas Secas



"Este filme não é apenas uma transposição fiel para o cinema de uma obra imortal da literatura brasileira.
É antes de tudo, um depoimento sobre uma dramática realidade social de nossos dias e a extrema miséria que escraviza 27 milhões de nordestinos e que nenum brasileiro pode ignorar. "

Inserido na fase mais produtiva do Cinema Novo, Vidas Secas é - do início ao fim - seco, árido e rude. A fotografia é marcada por excelentes locações, que reforçam o clima de aridez do filme.

Outra característica são os longos períodos de silêncio preenchidas por açoes ríspidas e excelente interpretação dos atores (principalmente as crianças que pouco falam durante o filme).
Uma das principais obras de um dos maiores diretores da história do nosso cinema, Nelson Pereira dos Santos.


Ficha Técnica
Título Original: Vidas Secas
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 103 min.
Ano de Lançamento (Brasil): 1963
Direção: Nélson Pereira dos Santos
Elenco: Átila Iório (Fabiano)
Maria Ribeiro (Sinhá Vitória)
Jofre Soares (Fazendeiro)
Maria Rosa

quinta-feira, maio 04, 2006

EspaçoLiteratura - Jorge Luís Borges


James Joyce
( in Elogio das Sombra, Borges, 1969)

Em um dia do homem estão os dias
do tempo, desde o inconcebível
dia inicial do tempo, em que um terrível
Deus prefixou os dias e agonias,
até aqule outro em que o umbíquo rio
do tempo terrenal torne a sua fonte,
que é o Eterno, e se apague no presente,
no futuro, no passado o que agora é meu.
Entre a aurora e a noite está a história
universal.Do fundo da noite vejo
a meus pés os caminhos de hebreu,
Cártago aniquilada, Inferno e Glória.
Dá-me, Senhor, coragem e alegria
para escalar o cume deste dia.


Borges, Jorge Luís ( 1889 - 1986) - Escritor. Considerado o maior poeta argentino de todos os tempos e um dos maiores escitores da Literatura mundial.
Meu guia pelos labirintos da escrita, uma fonte inesgotável de conhecimento e uma mescla requintada de experiências literárias de toda parte do mundo.
Borges é uma biblioteca que me atrevo a conhecer.

+ Borges na Internet:
Textos - www.releituras.com/jlborges_menu.asp
Biografia e entrevista - http://www.secrel.com.br/JPOESIA/jlb.html
Sobre a obra - www.terra.com.br/almanaque/vidaeobra/borges.htm
Crítica Literária - http://www.tanto.com.br/cassia-artigo.htm