segunda-feira, maio 30, 2011

Better than Jordan?

Às vésperas da série decisiva da NBA, o hexacampeão Scottie Pippen (ex-Chicago Bulls), apimentou ainda mais a discussão sobre quem foi o maior jogador de basquete de todos os tempos. Impressionado com a atuação de gala do ala LeBron James na vitória do Miami Heat sobre seu ex-time por 83 a 80 – triunfo que credenciou a franquia da Flórida à finalíssima contra o Mavericks –, Pippen afirmou na sexta-feira (27) que LeBron é mais completo que Michael Jordan, seu ex-companheiro de Bulls, e considerado o maior atleta do esporte.

“Jordan é provavelmente o maior pontuador que já passou pela NBA, mas acredito que LeBron James talvez seja o maior jogador de todos os tempos. Ele não é só um grande cestinha. Além do seu grande poder ofensivo, também é bom marcador e consegue dominar o jogo do início ao fim”, disse Pippen em entrevista à rádio ESPN americana.

Em pouco tempo, a declaração alcançou repercussão mundial e se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter. Diante da indignação dos fãs, principalmente do Bulls, Pippen usou a própria rede de microblogs para se retratar. “Não me entenda errado. Jordan era e ainda é o maior, mas LeBron tem todos os meios, hoje em dia, para chegar ao nível dele”.

Embora os mais apaixonados não aceitem comparações, James caminha para uma carreira tão vitoriosa dentro de quadra quanto a do hexacampeão Michael Jordan, que se aposentou em 2002. No entanto, a polêmica envolvendo sua transferência do Cleveland Cavaliers para o Heat ofuscou sua popularidade. A principal crítica foi que ele abandonou o time que o revelou para se juntar às estrelas Dwyane Wade e Chris Bosh para ter chances de ganhar um título – atitude que Jordan não tomou mesmo com as sete tentativas frustradas antes de ser campeão em 1991.

As estatísticas dos dois impressionam. Em suas primeiras oito temporadas (1985-1992), Jordan alcançou média de 32,2 pontos por jogo, ao passo que LeBron mantém 27,7. Os dois foram escolhidos MVP (jogador mais valioso) mais de uma vez, conquistaram duas medalhas olímpicas e conquistaram dois títulos da Conferência Leste. Em 589 partidas, Jordan marcou 19.010 pontos (ao fim da carreira chegou a 32.292, atrás apenas de Kareem Abdul-Jabbar e Karl Malone). LeBron, em 627 jogos, fez 17,362. Falta a LeBron os títulos, que consagraram Jordan na década de 1990.

sexta-feira, maio 27, 2011

Uma nova chance

Renan Damasceno - Estado de Minas

Desde 1947, quando foi criada a NBA, vários astros que ajudaram a formar a história da mais importante liga de basquete do mundo não conseguiram conquistar o tão sonhado anel de campeão. O lendário ala Elgin Baylor defendeu o Lakers por 13 anos (1958 a 1971) esbarrando sempre no imbatível Boston Celtics, de Bill Russell.

Na década seguinte, foi a vez de Pete Maravich (Hawks, Jazz e Celtics) correr atrás do título em vão. Dos 12 atletas que formavam o Dream Team em Barcelona'1992, a metade jamais ergueu a taça: Patrick Ewing, Charles Barkley, Karl Malone, John Stockton, Chris Mullin e Christian Laettner. A extensa lista tem ainda Reggie Miller, Dikembe Mutombo e Dominique Wilkins.



Nesta temporada, dois dos mais importantes jogadores em atividade têm uma chance que não é fácil de ser repetida. O armador Jason Kidd, de 36 anos, e o ala alemão Dirk Nowitzki, de 32, conseguiram nova oportunidade de conquistar o anel de campeão, após saírem frustrados de suas primeiras tentativas.



Quarta-feira, os veteranos lideraram o Dallas Mavericks na vitória sobre o Oklahoma City Thunder, por 100 a 96, fechando a série final da Conferência Oeste em 4 a 1. Com o resultado, o time texano se credenciou à finalíssima depois de cinco anos – encarando justamente o algoz de 2006, o Miami Heat.

Revelado pelo próprio Mavericks em 1994, Kidd se transferiu para o Phoenix Suns três anos depois. Após fracassar em cinco temporadas, foi negociado ao New Jersey Nets, franquia pela qual chegou a duas decisões seguidas. Em 2002, ao lado de Keith Van Horn e Kenyon Martin, foi atropelado pelo Los Angeles Lakers (4 a 0) e, no ano seguinte, chegou a vencer duas partidas, mas esbarrou no San Antonio Spurs de Tim Duncan (4 a 2).

Já Nowitzki fez uma temporada impecável em 2006, quando foi escolhido o jogador mais valioso (MVP), e levou o Mavericks à primeira decisão de sua história. Mesmo com atuações memoráveis, o alemão não conseguiu superar o Heat, que naquele ano havia se fortalecido com o tricampeão Shaquille O’Neal jogando ao lado de Alonzo Mourning e Dwyane Wade. Nesses playoffs, o alemão está fazendo mais uma vez a diferença. No primeiro jogo contra o Thunder fez incríveis 48 pontos. Sua média é de 28,4 pontos na fase decisiva, número superior a de sua carreira (23).

quinta-feira, maio 19, 2011

Classificação livre

Se o Motley Crue ganhou notoriedade pelos excessos na década de 1980, a primeira passagem da banda pelo Brasil, 30 anos após o início na Califórnia, mostrou que a rotina de três décadas no palco é mais cansativa, maçante e mecânica do que supõe a vã filosofia do sex, drugs and rock'n roll.

À véspera de desembarcar na Argentina para dois shows no estádio do Racing, em Avellaneda, os pais do "hair metal", aqui mais conhecido por "metal farofa", fizeram show digno de terça-feira fria e preguiçosa, daquelas de passar o tempo no trabalho apontando lápis.


Apesar do esforço de Mick Mars, Nikk Sixx, Vince Neil e Tommy Lee - no caso do primeiro, esforço físico mesmo, por causa do problema crônico na coluna -, o show foi sem grandes emoções: cronometrado (1h30 e nada mais), sem interações além da conta e (oh, god!) sem mulheres no palco.

No Credicard Hall, em São Paulo, na última terça-feira (17), o Crue foi quase um grupo de tios gente-fina, que faz questão de tocar o que os meninos gostam. Tommy, que nunca foi de falsos pudores - vide as atuações ao lado da S.O.S Pamella Anderson -, estava comportadíssimo. Sixx, o preferido dos fãs, pelas aventuras esmiuçadas em This Is Gonna Hurt: Photography and Life Through The Distorted Lens of Nikki Sixx, que figurou na lista dos livros mais vendidos do NYT, fez nada além do dever de casa.

Mars, visivelmente debilitado pela doença degenerativa nos ossos, se enconstava em uma das partes do palco para apoiar as costas. Seu solo foi desordenado, sem técnica e feeling.

O repertório foi executado com a precisão de quem coloca a mesma porca num parafuso há 30 anos. Foram 15 músicas, 15 clássicos, 15 filmes que se exibiam na frente dos olhos dos fãs - de 15 a 50 anos.

Eu estava lá e, embora não presenciasse uma apresentação de fôlego como as de outrora, levantei meu copo de cerveja e ouvi o setlist que sonhava desde os 16, numa boa, como um moleque extasiado que tem a oportunidade de ver seus ídolos, no melhor estilo de filme de Sessão da Tarde.

O repertório -Wild Side, Saints of Los Angeles, Live Wire, Shout at the Devil, Same Old Situation, Primal Scream, Home Sweet Home, Don't Go Away Mad (Just Go Away), Dr. Feelgood, Too Young to Fall in Love, Ten Seconds For Love, Smokin' In The Boys Room, Girls, Girls, Girls, Kickstart My Heart, Looks That Kill

terça-feira, maio 03, 2011

segunda-feira, maio 02, 2011

Yes, we kill!

Folha da Noite, 2 de maio de 1945



Folha de S. Paulo, 2 de maio de 2011


Yes, we kill


Apesar de ser considerado um furo mundial da CNN, a primeira informação compartilhada sobre a morte do terrorista e líder da Al Quaeda Osama Bin Laden teria vindo do twitter de Keith Urbahn, funcionário do escritório do ex-secretário de Defesa, Donald Rumsfeld. O tweet teria sido publicado assim que a notícia corria no corredores da Casa Branca e enquanto Obama estaria formulando seu discurso oficial. Se for, podemos chamar a informação de @keithurbahn o maior furo até aqui em uma rede social? Acho que sim.

O assunto dominou os trending topics (lista dos assuntos mais comentados) logo que a informação foi dada pela rede de TV norte-americana, pouco antes da meia-noite (de Brasília). E gerou, em pouquíssimo tempo, o maior número de piadas, frases e trocadilhos da história do twitter. Separei algumas:

- "@osama At Islamabad with 4 others" postado pelo foursquare no Facebook foi a pista para o exército americano encontrar Osama.

- O ex-governador da Califórnia acaba de divulgar uma nota oficial: "Hasta la vista, baby!"

- Corre boato que tudo não passa de ação mundial de marketing da Gillete. Amanhã, Osama Bin Laden aparece no intervalo da Oprah Winfrey de barba feita.

- Al Quaeda sem líder? PMDB tem nomes a indicar e insatisfeitos já flertam com partido do Kassab.

- RIP Osama Bin Laden: Campeão Mundial de Pique-Esconde - nove anos, sete meses e 20 dias.

- Resumindo: bastou a rede do PlayStation cair para os soldados trabalharem.

- Agora, a única chance dos Democratas perderem em 2012 é Obama ser parado numa blitz no Rio e recusar-se a soprar o bafômetro.