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sexta-feira, setembro 25, 2009

Festival I Love Jazz


Vai de hoje a domingo (27/09/09) a edição mineira do I Love Jazz – terceiro festival do gênero que chega a Belo Horizonte em um mês e segundo que traz na programação homenagem ao mestre do swing (o estilo, não a troca de casais), Benny Goodman, que completaria 100 anos em 2009, não fosse a morte o ter levado aos 77.

No cast da Benny Goodman Centenial Band, formada apenas para homenagear o centenário do bandleader – mas que já tem agenda pelo menos até o aniversário de 102 anos –, estão o trompetista Warren Vaché e o baixista Phil Flanigan, que tocaram com o clarinetista.


Além da big band, também passam pelo palco da Praça do Papa a cantora am
ericana Catherine Russell (filha do pianista panamenho Luis Russell, arranjador de Louis Armstrong), que traz no repertório o jazz da década de 1920 e 1930, e a irreverente Pink Turtle, que fecha a noite de sexta. Encerando o evento, domingo, a The New Orleans Joymaker.

Para saber mais sobre o festival, clique aqui. Já para conhecer um pouco mais sobre Benny Goodman, confira este artigo publica no Moviola mês passado.

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100 anos de Benny Goodman
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sexta-feira, agosto 28, 2009

100 anos de Benny Goodman


A alcunha de “Rei do Swing” aplicada ao clarinetista Benny Goodman (1909-1986) pode ser contestada pelos críticos mais ortodoxos, mas suas façanhas não merecem nomenclatura menos majestosa. Embora precedido por músicos como Fletcher Henderson e Bix Beiderbecke, que já rascunhavam o swing (o gênero, não a troca de casais), ainda na década de 1920, coube a Benny transformar o estilo na mais bem sucedida época da história do jazz.

Caracterizado pelas big bands e pelas músicas menos complexas, rítmico e harmonicamente falando, do que o jazz moderno, o swing da década de 1930 é o único momento em que jazz e música popular americana viraram quase a mesma coisa.

Tal popularidade iniciou “por acaso” no fim de uma desastrosa turnê pelos Estados Unidos. À beira da desistência por causa da péssima receptividade ao estilo, Benny resolveu fazer suas últimas apresentações de clarinete erguido na Califórnia – mesmo que isso pudesse lhe render uma chuva de vaias e de copos de cerveja arremessados ao palco. Porém, não esperava ser recebido tão calorosamente pelo público formado predominantemente por jovens da West Coast. Não demorou muito para o estouro correr pelo país e culminar, em 1938, na primeira apresentação de jazz no Carnegie Hall, o templo da música de Nova York.

Uma constatação: as fãs histéricas não nasceram com o rock e, da mesma forma que o blues originou o jazz e depois o rock’n roll, Benny Goodman é uma espécie de Elvis ou Beatles da pré-história.

Bom moço, Goodman era o filho que toda nação queria ter. Da sua ascensão até o início da década de
1940, era a imagem perfeita para os Estados Unidos divulgar para o mundo sua cultura e, pouca gente lembra hoje, que ele foi nos Anos 30 um dos nomes mais populares e queridos da América. Em suas apresentações mundo a fora, não admitia que seus músicos tocassem mal vestidos e era tecnicamente exigentíssimo, tanto que, quando ouvia alguma nota fora do compasso, lançava o fulminante “olhar de raio”, que significava carta de demissão no dia seguinte.

Em uma das fases mais conturbadas na luta pela igualdade racial nos Estados Unidos – briga que se estendia ao ainda dividido mundo do jazz –, Benny foi o primeiro bandleader que colocou negros, brancos, amarelos e azuis tocando junto. A opção anti-racista pode ser reflexos em sua infância que ele mesmo não gostava muito de revelar: era filho de imigrantes judeus, refugiados da Primeira Guerra.

Se estivesse vivo – pelo menos o está nos mais de 30 discos que deixou –, Benny Goodman completaria 100 anos em 2009. Mesmo que as homenagens no mundo do jazz tenham o deixado um pouco de lado, o clarinetista é o nome celebrado na 7ª edição do Jazz Festival Brasil, que passa por Belo Horizonte neste fim de semana. É uma oportunidade de ouvir de grupos influenciados por Goodman a releitura de clássicos como Sing Sing Sing e tantas outras imortalizadas pelo clarinete do incontestável “Rei do Swing”.

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