Mostrando postagens com marcador Clube da Esquina. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Clube da Esquina. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, janeiro 19, 2011

A outra esquina

O ano era 1988. Na extinta casa noturna Pianíssimo acontecia o encontro memorável de dois grandes músicos. No piano, aquele que deu as primeiras bases para a formação do Clube da Esquina, ainda no edifício Levy da Avenida Amazonas; na guitarra, um ícone do rock progressivo brasileiro. Numa sequência de shows, desfilaram pelos acordes de Marílton Borges e Fredera temas de jazz, bossa nova e da MPB.

Música Popular Brasileira que por sinal reserva uma importante página para essa atuação. No disco Os Borges (1980), a faixa Outro Cais, composição do primogênito da família, Marílton, traz Elis Regina conduzida pelo timbre marcante de Fredera. O álbum, que revela toda a capacidade artística dos Borges, também contou com Milton Nascimento e Toninho Horta.

Apesar do sumiço das últimas décadas, Fredera fez história na música do país. Ainda na década de setenta, foi considerado uma lenda do rock brasileiro, através de composições ao mesmo tempo densas e irreverentes e solos de guitarra eletrizantes para um dos principais grupos progressivos da época, o Som Imaginário – banda que acompanhou Bituca por certo tempo e que trazia nomes como Robertinho Silva, Wagner Tiso, Zé Rodrix e Naná Vasconcelos.

Na década de 1980 ele lançou o álbum solo Aurora Vermelha, disco premiado e que representou um marco para a música instrumental do país, segundo o maestro canadense Gil Evans. Mesmo deixando os palcos depois de acompanhar artistas como Gal Costa, Ivan Lins, Gonzaguinha e Raul Seixas, consolidou-se como um intelectual (é autor de diversos livros) e artista versátil, atuando ativamente ainda hoje na área das artes plásticas. (João Marcos Veiga)

terça-feira, janeiro 04, 2011

E a gente sonhando ...

Milton Nascimento vai do jazz ao pop FM em disco ao lado
de jovens talentos de Três Pontas, Sul de Minas Gerais




... E A GENTE SONHANDO. O novo CD de Milton Nascimento é a prova mais viva de que a gente pode continuar sonhando. O sonho não acabou, a canção nunca se esgotou, pelo menos na discografia desse que é um dos músicos mais importante da nossa história.

A sua voz ressoa como se fosse o Milton do Clube da Esquina I e II, do Gerais, do Minas, do Angelus e do sensacional Pietá – disco que mereceria mais atenção por parte da crítica.

Em ...E a gente sonhando percebe-se o Milton jazzístico, da batida da bossa nova, das harmonias tão refinadas vindas desde sempre dos antológicos discos dos anos 70, do canto pungente, quase que um cântico religioso, vindo do fundo das igrejas mineiras, dos quintais, dos corais louvando a vida e a paz entre os homens.

Sim, Milton Nascimento (re)nasce um pouco em cada uma das 16 canções que compõem o CD".

Trecho da crítica do doutor em Letras pela USP, Mário Alex Rosa, publicada no Divirta-se.

+ Sobre o novo disco de Milton:

- Entrevista a'O Estado de São Paulo
- Vídeo - Entrevista ao Programa do Jô

baixar novo disco de milton nascimento e a gente sonhando baixar e a gente sonhando milton nascimento download disco milton novo baixar novo cd do milton três pontas baixar milton jota queste milton nascimento sol download baixar sol jota quest com milton rogerinho alfenas três pontas milton nascimento lula santos advinha o que download baixar advinha o que milton nascimento cantando lulu santos ouvir novo cd milton nascimento on line e a gente sonhando.

terça-feira, dezembro 07, 2010

E eu nem li o jornal



Tua cor é o que eles olham, velha chaga
Teu sorriso é o que eles temem, medo, medo

Feira moderna, o convite sensual
Oh! telefonista, a palavra já morreu
Meu coração é novo
Meu coração é novo
E eu nem li o jornal

Nessa caverna, o convite é sempre igual
Oh! telefonista, se a distância já morreu
Indepedência ou morte
Descansa em berço forte
A paz na Terra amém

sábado, outubro 09, 2010

In Vento Cais



Para quem quer se soltar invento o cais
Invento mais que a solidão me dá
Invento lua nova a clarear
Invento o amor e sei a dor de me lançar
Eu queria ser feliz
Invento o mar
Invento em mim o sonhador
Para quem quer me seguir eu quero mais
Tenho o caminho do que sempre quis
E um saveiro pronto pra partir
Invento o cais
E sei a vez de me lançar

sábado, setembro 12, 2009

Woodstock à mineira (Parte.3)

Festival Música do Mundo homenageia Milton Nascimento e Wagner Tiso com show de estrelas da MPB em meio às montanhas de Três Pontas

João Marcos Veiga

No início da década de 50, a sedução inconfundível de Frank Sinatra conquistava, através das ondas do rádio, as ouvintes nos afazeres domésticos, e as plantações de café faziam riqueza aos barões do “ouro verde” no sul de Minas. As calçadas eram espaços de convívio intenso para fofocas, namoros e brincadeiras infantis.

E foi numa calçada de Três Pontas que dois garotos se identificaram através de uma paixão comum: a música. Os meninos mais tarde se tornaram Milton Nascimento e Wagner Tiso. A amizade que já dura mais de cinquenta anos teve frutos como o Clube da Esquina e dezenas de gravações, onde as melodias e o timbre único de Bituca ganhavam arranjos memoráveis do pianista. Parceria reconhecida em inúmeros palcos de todo o mundo ,e que teve em “Coração de Estudante”, tema da redemocratização do Brasil, um de seus principais pontos.

Mas foi Três Pontas que instigou a fome musical deles, através das folias de reis, dos bailes da vida e das primeiras noções de harmonia com Walda, professora de piano e mãe de Tiso. Agora a cidade homenageia seus filhos ilustres com o Festival Música do Mundo. E a retribuição não tem caráter bairrista, a idéia surgiu a partir das páginas de uma das mais importantes revistas do segmento musical, a Billboard. Três Pontas foi a única cidade do país, com exceção das grandes capitais, a constar entre os principais celeiros musicais do planeta.

E a partir desta quinta-feira, as milhares de pessoas previstas para desembarcar na cidade sul-mineira poderão comprovar o porquê dessa escolha. Pelos palcos do evento desfilarão referências da música brasileira: Ivan Lins, Tom Zé, Rita Lee (substituindo Jon Anderson, da banda inglesa Yes, ausente por motivos de saúde), Toninho Horta, Fernando Brant, Telo Borges, além de Milton Nascimento e Wagner Tiso. A festa também vai ligar o holofote para um time de novos talentos de Três Pontas e do restante do estado, como Pedro Morais, Marcelo Dinis, Clayton Prosperi, Paulo Francisco, Heitor Branquinho e o Ânima Minas, grupo formado por jovens da região com apadrinhamento de Milton.

Três Pontas já havia recebido, em 1977, uma reunião de ídolos da MPB. No show do Paraíso,improvisado em uma fazenda da região, Bituca apresentou Chico Buarque, Gonzaguinha, Simone, dentre outros, para uma platéia extasiada de todo o Brasil. O encontro ficou conhecido como o “woodstock mineiro”. Com o Festival Música do Mundo pretende-se repetir a dose com oficinas, seminários, espetáculos e estrutura à altura do talento e das carreiras construídas por Milton Nascimento e Wagner Tiso. Mais do que nunca, ecoarão pelas belas paisagens de Três Pontas o verso profético de Fernando Brant. “Sou do mundo, sou Minas Gerais.”

baixar milton nascimento três pontas download videos woodstock mineiro discografia milton anscimento gratis como baixar milton nascimento

sexta-feira, setembro 11, 2009

Woodstock à mineira (parte.2)

Começou nesta quinta-feira (10/09) o Festival Música do Mundo, que celebra os 32 anos do encontro histórico na Fazenda Paraíso, em Três Pontas, que reuniu Milton Nascimento, Wagner Tiso, Chico Buarque, entre outros. As informações sobre o Woodstock Mineiro você encontra neste post aqui, no Moviola de Agosto.

Abaixo, matéria da Globo de 10/09/09:

segunda-feira, julho 20, 2009

Woodstock à mineira

Está no Estado de Minas de hoje, 20/07/2009:

Por mais que os protagonistas neguem, um novo Clube da Esquina pode estar vindo à cena, mais especificamente em Três Pontas, onde Milton Nascimento e Wagner Tiso acabam de gravar as bases do novo disco de inéditas (com algumas regravações) de Milton, sob a produção de Tiso, com direito a participação do gr
upo Ânima Minas e dos cantores, compositores e instrumentistas Heitor Branquinho, Fernando Marchetti, Ismael Tiso, Adriano Kamizaki e André Duarte, entre os cerca de 20 jovens artistas três-pontanos, praticamente desconhecidos, que vão participar do projeto.

Terra natal de Bituca e Wagner, que, em Belo Horizonte, se juntaram aos descendentes das famílias Borges, Brant, Guedes e Horta para escreverem um capítulo à parte da música popular brasileira, a cidade de 55 mil habitantes, no Sul de Minas, vive hoje um momento de intensa atividade artístico-cultural.

A presença dos filhos ilustres parece ter sido o gancho que faltava para a reedição do lendário festival de música que, naquelas plagas, ficou conhecido como o Woodstock mineiro. De 10 a 13 de setembro, Milton Nascimento, Wagner Tiso, Jon Anderson (ele mesmo, o vocalista do Yes), Toninho Horta, Ivan Lins, Jorge Vercilo, Tom Zé, Ricardo Herz, Didier Lockwood, Wilson Sideral e outras prováveis atrações vão reviver aquela histórica tarde-noite-madrugada de 30 e 31 de julho de 1977, que conseguiu levar milhares de pessoas para o meio do pasto da Fazenda Paraíso.


Lá, se apresentaram para o delírio da plateia formada de três-pontanos e forasteiros de toda parte Milton Nascimento, Chico Buarque, Fafá de Belém, Clementina de Jesus, Francis Hime, Gonzaguinha, grupo Azimuth e outros convidados. “A coisa mais bonita daquilo tudo foram as pessoas que chegaram numa boa, sem cobrar nada, e cantaram em um dos morros mais bonitos da cidade”, recor
da Bituca.

Agora intitulado Festival Música do Mundo, o megaevento que será realizado em vários locais de Três Pontas, em setembro, poderá vir a integrar o calendário cultural da cidade. “Além de uma paisagem belíssima, somos um povo altamente musical”, diz Wagner Tiso. Em 1977, Tiso apresentou apenas uma música, já que tinha compromisso acertado com Gal Costa, que estava em turnê pelo Brasil.


O show maior da nova edição do chamado Woodstock mineiro será realizado no sábado (12 de setembro), no parque multiuso que a prefeitura da cidade está construindo em homenagem a Wagner Tiso, na Rodovia Três Pontas, na localidade conhecida como Vila Boa Vista.


Segundo Maurinho Bueno, coordenador de programação da Secretaria Municipal de Cultura, Lazer e Turismo, que também preside o Centro Cultural Milton Nascimento, a Prefeitura de Três Pontas vai se responsabilizar pela logística, cabendo à Marola Produções, da jornalista Maria Dolores, autora da biografia Travessia – A vida de Milton Nascimento, a produção do festival.

Dez shows, além de apresentações paralelas em oito bares, fanfarras e folias de reis, uma tradição à parte da cidade, estão na agenda. Na biografia de Milton, a jornalista mineira dedica três páginas ao célebre festival, lembrando que Três Pontas, então com 37 mil habitantes, viu a população praticamente dobrar naquele dia. Apesar da praga rogada pelos opositores, segundo ela, a festa foi um sucesso, com direito a chá de cogumelo, maconha e a bebidas, tão comuns aos remanescentes do movimento hippie que correram para a cidade.

__________________________________

+ Música brasileira neste blog:
As façanhas de Farnésio
Se Deus tivesse uma voz...
Tostão por Chico Buarque
Sobre fome, queijos e digestões
Dizzy com Trio Mocotó
Afinal, o que é MPB?