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terça-feira, dezembro 20, 2011

Ilhabela vale um conto…



“Amanhã à noite o tempo muda. O mar vai ficar grosso e, para atravessar, só até o meio da tarde”. A previsão do canoeiro Didico, que há 30 anos vive da pesca e da travessia entre o canal de São Sebastião e a Ilhabela, Litoral Norte de São Paulo, soou como um preceito. No fim do dia seguinte, o tempo escureceu, a chuva veio e nenhum boneteiro saiu ao mar. Didico é da praia do Bonete, uma das mais de 40 que formam Ilhabela, município-arquipélago a 135 quilômetros de São Paulo. Fica ao sul da ilha, na costa voltada ao oceano Atlântico, e pode ser acessada de barco ou pela trilha que rompe a mata atlântica, passando belas cachoeiras. A caminhada de 11.740 metros, que levei pouco menos de quatro horas para completar, tem grau de dificuldade elevado. O visual vale o sacrifício. (matéria completa aqui)

terça-feira, novembro 16, 2010

Bichinho - Minas Gerais

O distrito de Vitoriano Veloso, conhecido como Bichinho, é um lugarzinho perdido entre as pedras e histórias da Estrada Real. Está a 7Km de Tiradentes e a 12km de Prados - município no qual pertence.



O caminho de sete quilômetros que separam Tiradentes de Bichinho já valem a viagem. As curvas da estrada dão vista para o verde que se encontra com as pedras da Serra de São José lá longe. Casas coloniais, pousadas, artesanato e o museu do Automóvel da Estrada Real estão ao longo do trecho.

Um portal de pedra, a 2 km do povoado, dá início a uma sequência de casebres de tijolo adobro, enfeitados com fitas, esculturas de madeira, bandeirolas, namoradeiras, pinturas, fuxicos e crochês. Tudo se vende no Bichinho - e muito caro.

Vitoriano Veloso - nome em homenagem ao inconfidente de mesmo nome, um alfaiate e escravo alforriado - pertence ao município de Prados desde 1938. É um povoado que se formou com a descoberta de ricas lavras de ouro no século XVIII (a igreja Nossa Senhora da Penha foi construída em 1771) e hoje sobrevive do turismo, artesanato e culinária.

O convite ao pecado da gula está no simples e requisitado Tempero da Angela, que já conquistou o paladar dos brasileiros e as páginas do New York Times (A reportagem In Minas Gerais, an other Brazil, de março de 2009, foi emoldurada e pendurada na parede como uma medalha aos olhos de quem quiser ver).

Dona Ângela divide sua atenção em atender bem os clientes e não deixar as costelinhas fritas na gordura de porco passar do ponto. Enquanto um dos empregados colhem as alfaces na horta dos fundos, outro chega com o caldeirão de frango ao molho pardo. Come-se bem, e muito no Bichinho.

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terça-feira, novembro 10, 2009

#Fotododia: Minas/Goiás

Foto tirada às 14h35, em um posto de combustível na BR-040, a 20 km da divisa entre Minas Gerais e Goiás. O vermelho da poeira levantada pelos caminhões carregados de cana-de-açucar faz com que a região envelheça rapidamente. Tudo é velho, com ares de abandono. Minutos depois, já no cerrado do centro-oeste brasileiro, nos encontramos com nuvens carregadas, que mudaram o horizonte de verde para acinzentado.


quarta-feira, setembro 23, 2009

Coffee, Jazz e Ron Carter

Tive o prazer de assistir duas apresentações do baixista Ron Carter no Brasil. Ambas no Festival Tudo é Jazz de Ouro Preto - em 2008, acompanhando Milton Nascimento, com quem gravou o disco Angelus (1993), e neste ano ao lado de Madeleine Peyroux, em show homenageando Billie Holiday.

Carter, uma figura de 1,90 tão elegante quanto um contra-baixo, já transou em todas, de Miles Davis a Chet Baker a outras centenas de álbuns de estúdio. É das últimas almas vivas dos tempos áureos do jazz, que ainda peregrina pelo mundo, a exemplo dos ex-parceiros de quinteto Herbie Hancock e Wayne Shorter e do saxofonista Sonny Rollins.

Assistindo apresentações de Carter no Youtube dei de cara com um delicioso comercial do baixista gravado para a filial da cafeteria Tully`s no Japão. São apenas 15 segundos, capazes de te deixar com água na boca por um bom espresso.

Ao contrário de Carter, a Tully`s não chegou ao Brasil. Sem trilhar o mesmo caminho de outra americana de Seattle, a Starbucks, que já está em várias esquinas de São Paulo e Rio, a cafeteria não tem planos para o mercado brasileiro (neste blog, a Tully`s já foi citada em coluna de Lucas Mendes, sobre a vontade de Obama sediar um grande evento esportivo na terra do grunge).




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terça-feira, setembro 22, 2009

Uma antiga e sempre boa novidade


A Russo Jazz Band não é a principal atração das edições do Festival Tudo é Jazz, mas é a garantia de satisfação do público, que lota Ouro Preto todos os anos. Com o repertório recheado de standards, o sexteto percorre as ruas centenárias da cidade com musicalidade, criatividade e muito bom humor.

O estilo do grupo paulistano - que já tem green card mineiro pelo número de exibições -, faz lembrar as antigas formações dos primórdios do jazz, de fim da década de 1910 e meados do decênio seguinte, com levadas de Dixieland e New Orleans.

Abaixo, dois vídeos que registrei da Russo Jazz Band no último fim de semana, na edição 8 do Festival Tudo é Jazz. Nos próximos posts, comentarei mais alguma coisa do festival, que teve Tributo a Lady Day (com Mart`nália arrepiando cinco mil pessoas no largo do Rosário) e a incrível apresentação dos franceses do Lafé Béme. Para baixar as músicas do grupo, basta clicar aqui.



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domingo, setembro 21, 2008

Se Deus tivesse uma voz...


Tive a oportunidade de assistir pela segunda vez esse ano a apresentação de Milton Nascimento. Se na primeira foi primoroso vê-lo acompanhado do Jobim Trio, no show Novas Bossas, em Belo Horizonte, dessa vez teve sabor mais que especial, pelo local, peculiaridades do repertório e pela oportunidade única do evento: na praça Tiradentes, em Ouro Preto, Bituca foi acompanhado por Wayne Shorter, aos sopros),e Ron Carter, ao baixo, no encerramento do Sétimo Festival Tudo é Jazz, no qual foi o grande homenageado.

Se o atraso de quase uma hora obrigou Milton a uma entrada bem menos apoteótica, a pitada de espetáculo veio com a seqüencia de músicas populares no começo da apresentação – agradando boa parte que estava pouco ligando para quem era Carter ou Shorter. Mas, todos admitem, que o repertório agradou até quem foi para ver esses dois monstros sagrados do jazz.

Juntos – sem muito entrosamento, pois Carter assitiu boa parte da apresentação, sentado apenas batucando na face do baixo –, relembraram músicas do Native Dancer (álbum de Wayne, com participação de Milton), Angelus (de Milton, com a presença deles) e outras da veia jazzística pouco conhecida de Bituca.


Por mais que eu tenha achado uma apresentação morna (talvez idealizava assitir uma explosão de sons e musicalidade, regada pela fusão experimental dessas culturas musicais tão distintas), não nego que sempre vou ter de contar que aestive lá, acompanhado de boas pessoas, álcool e cigarro de palha. E que o último dia do Festival era propício para um desfecho dessa grandiosidade. Experimentei, a poucos metros, o improviso de Wayne em Ponta de Areia e Milagre dos Peixes, e o gravíssimo baixo de Ron criando uma atmosfera musical extremamente diferente de quase tudo que já ouvi – e olha que já experimentei de Slayer a João Donato!

+MULTImídia

+ Assista ao show de Ouro Preto, em 16 partes, no Youtube
+ Vídeo: Wayne e Milton – Lilia
+ Vídeo: Wayne e Milton – Tarde (1991)
+ Torrent: Download do CD Angelus, de 1993