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terça-feira, novembro 03, 2009

Os trópicos ficarão mais tristes sem Lévi-Strauss


Guardo, rabiscada com tinta de marca-texto, a entrevista que Claude Lévi-Strauss concedeu à edição 110 da Revista Cult, no final de 2006. Nas 11 páginas da matéria, que tratava principalmente da estada do etnólogo no Brasil, entre 1935 e 1938, lecionando na recém-fundada USP, e de sua experiência com os índios bororo e nambikwara, me chamou atenção sua lucidez ao traçar o futuro da humanidade: "não vejo muita esperança para o mundo assim tão cheio".

Strauss nos ajudou a entender as mudanças da civilização ocidental no último século. Se na década de 1930, seu período em nossas terras, a população mundial era de cerca de 1,5 bilhão, em seu aniversário de século o mundo estava abarrotado com quase 7 bilhões, dado que explica as diferenças nas relações entre o homem e do homem com a natureza.

"Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele", ressaltou, recentemente.

As previsões que Strauss nos deixa não são agradáveis. Para ele, a antropologia, de espírito mais tradicional, focada no estudo do homem primitivo e sem escrita, da qual ele bebeu, está com os dias contados e a arte, como afirmou em entrevista à Folha, já não existe mais.

Recluso em seu apartamento, no 16
arrondissement de Paris, Levi-Strauss já recebia poucas visitas. Morreu na madrugada de sábado para domingo, de causa ainda não divulgada. Deixa como filho o estruturalismo e um legado sem precedentes para a antropologia

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+ Vídeo sobre Lévi-Strauss


Abaixo Documentário do Arquivo N, da Globo News, especial sobre a vida e obra do antropólogo



+ Textos sobre Lévi-Strauss

Morte - Cobertura completa da Folha
Especial do Estadão sobre o centenário
Entrevista ao caderno Mais! da Folha (1993)
Daniel Piza - Uma lágrima para Lévi-Strauss


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sexta-feira, outubro 06, 2006

EspaçoReflexão - Bertold Brecht



O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
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Bertolt Brecht (1898-1956). Dramaturgo e poeta alemão. Revolucionou o teatro com peças que visavam estimular o senso crítico e a consciência política do espectador. Brecht foi um dos nomes mais influentes do teatro do século XX.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Frankfurtianas....

A cultura de massa é “uma psicanálise ao revés”, é regressiva. Para Adorno e Horkeheimer, a “cultura de massa” não é nem cultura nem é produzida pela massa: sua lei é a novidade, mas de modo a não perturbar os hábitos e expectativas, a ser imediatamente legível e compreensível pelo maior número de expectadores e leitores.Evita a complexidade, oferecendo produtos à interpretação literal, ou melhor, minimal. Assim, a mídia realiza uma caça a polissemia pela demagogia da facilidade – fundamento da legitimidade desse sistema de comunicação.Adorno critica a Indústria Cultural não por ser democrática, mas por não o ser.A mídia transmite uma cultura agramatical e desortográfica, de tal forma que a educação retorna a condição do segredo, conhecimento de uma elite: “A luta contra a cultura de massa só pode ser levada adiante se mostrada a conexão entre a cultura massificada e a persistência da injustiça social”.

(Escola de Frankfurt - Luzes e Sombras do Iluminismo)