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sexta-feira, maio 08, 2009

Assessoria...

O artigo "100 dias em 10 capas", uma leitura dos primeiros 100 dias do governo Obama a partir de 10 capas de três revistas americanas, publicado mês passado no Moviola, está na capa do respeitado site Observatório da Imprensa desta semana. Para conferir, clique aqui. O artigo também foi publicado no site do jornalista Leo Quintino, neste link aqui. E no Jornal dos Lagos, de Alfenas, bem aqui.

sábado, maio 02, 2009

Propaganda – Ads of the world


Passei quase três horas especulando as propagandas do Ads of the world – o tempo poderia ter sido menor não fosse a demora para carregar o site. A página, que me foi apresentada pela minha namorada, Mari, é um convite aos estudantes de Publicidade (que não é o meu caso e, sim, o dela!) e aos interessados por boas iéias.

No meio de tantas imagens – algumas com boas pitadas de plágio – é possível achar propagandas legais, como a série "Second One", do Terra News, que ilustra o post. Apesar da enxurrada de imagens tratadas no photoshop com frases de efeito no cabeçalho, vale a pena garimpar o site.

quarta-feira, abril 29, 2009

Artigo - 100 dias em 10 capas

Em pouco mais de três meses no governo, Obama aparece cada vez mais cabisbaixo e pensativo na capa das principais revistas norte-americanas

Renan Damasceno

Barack Obama está preocupado. Embora goze de popularidade acima de qualquer suspeita, o novo timoneiro da América tem andado mais introspectivo e pensativo nas últimas semanas, imagem oposta ao semblante rijo e olhar determinado que o levou à Washington, em eleição vencida em novembro do ano passado. Cem dias após assumir a Casa Branca, o 44º presidente da maior potência mundial – 14º democrata a ocupar o posto –, já sente precocemente o peso de governar o país, uma vez que a população exije postura firme diante da crise e o restante do mundo anseia novas diretrizes na política externa.

Desde que assumiu oficialmente o governo estadunidense, em 20 de janeiro, Mr. Obama apareceu na capa de 10 edições de três revistas de grande circulação no país: The Economist, Newsweek e Times. Neste período, foram lançadas 45 edições semanais e o rosto do presidente, em foto ou charge, é destaque, pelo menos, uma vez por mês em cada uma delas. A 11º capa será no próximo número da Times, em 4 de maio, que traz Obama, fotografado pelas costas, caminhando pensativo.

O novo comandante tem curvado seu queixo cada vez mais para baixo nas capas das revistas. O semblante de novo imperador, o sorriso largo ao lado da primeira-dama Michelle e a serenidade das primeiras semanas – explorados em cinco edições entre 17 de janeiro e 2 de fevereiro, acompanhados por frases esperançosas como “Renovando a América” (The Economist, 17/01/2009) e “Grande Expectativa” (Time, 26/01/2009) –, deram lugar no último mês à preocupação e à cautela.

Obama – e parte de 2/3 do eleitorado americano que o apóia – descobriu que a política externa não se resolve apenas com apertos de mão (bem apertados!) com Hugo Chávez ou troca de afagos com Cuba. O presidente, embora inexperiente, terá que manejar ainda a questão da fronteira com o México, manter a ordem de retirada do exercito do Iraque, conciliar-se com o mundo islâmico e recuperar o país do virulento antiamericanismo, que aumentou na Era Bush. Ao mesmo tempo, lidará com um problema que deve ganhar contornos maiores nos próximos anos: a guerra no Afeganistão, tratada na capa da Newsweek, de 09/02/2009, como o “Vietnã de Obama”. A edição alerta para os contornos além do planejado que a batalha pode ganhar nos próximos meses e como pode custar caro aos americanos.

Para evitar um naufrágio – As revistas têm trocado o otimismo pela cautela. Se antes a “obamania” não deixava brechas às críticas, desde lançado o plano salvador de US$ 787 bilhões, no começo de fevereiro, a imprensa preferiu se distanciar do mito para avaliar os riscos e não deixar que o timoneiro caia no mar, levando junto o povo americano (The Economist, 14/02/2009). Para a publicação, o plano deve ser muito bem abalizado para que seja a solução e não mais uma parte do problema.

Em casa, Obama tem sido mais criticado que no exterior. Para muitos, ainda precisa mostrar mais liderança e conciliar o Congresso, para que consiga apoio em projetos mais difíceis e arrojados no futuro, como o controle na emissão de carbono e reforma da saúde pública. A crítica mais dura recebida até agora foi da The Economist, edição de 28/03/2009, que decreta que o desempenho caseiro de Obama foi fraco para aqueles que endossaram sua candidatura, incluindo a própria publicação.

O psicólogo da América – No entanto, esses obstáculos não excluem a competência de Obama no manejo da política externa e seu imensurável poder psicológico. “O novo psicólogo da América” (Newsweek, 02/03/2009) inspira confiança no seu povo e tem apoio massivo para trabalhar. Segundo levantamento recente do Barômetro Iberoamericano de Governabilidade, o governante têm 85% de avaliação positiva, superando populares da América Latina, como Luiz Inácio Lula da Silva, que aparece em terceiro com 73%. Pesquisa do Washington Post revela que 69% dos estadunidenses aprovam seu trabalho.

Os americanos, apesar da crise, tiveram sua fé no futuro restaurada e sabem que não há cura fácil para os problemas do país, por isso são pacientes. A “obamania” está longe do fim e o presidente, embora ande meio cabisbaixo pelos corredores da Casa Branca, sabe que o sol pode voltar a raiar na América nos próximos anos.



quinta-feira, outubro 02, 2008

Entenda a crise americana

Você deve estar cansado de ouvir nos jornais sobre a crise na economia americana, mas como não tem saco pra prestar atenção e entender todo aquele papo jornalístico, aqui vai uma versão para leigos do que aconteceu na economia dos EUA:

É assim:

O seu José tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça 'na caderneta' aos seus leais fregueses, todos bêbados e quase todos desempregados.

Porque decidiu vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito) e ter um lucro maior.

O gerente do banco do seu José, um ousado administrador formado em curso de Administração e com MBA, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao boteco tendo a pindura dos pinguços como garantia.

Mais adiante, alguns executivos do banco lastreiam os tais recebíveis e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outra sigla financeira que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.

Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F (Bolsa de Mercadoria e de Futuros), cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu José ).

Mais adiante, esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.

Até que alguém descobre que os bêbados desempregados da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu José vai à falência.

E toda a cadeia desmorona.
Fim.

(Texto: http://abandapodre.blogspot.com )