quinta-feira, dezembro 30, 2010

Vm = Δs/Δt

Renan Damasceno
Estado de Minas


Se o brasileiro Alfredo Gomes, primeiro campeão da Corrida de São Silvestre, em 1925, largasse lado a lado de Paul Tergat, 70 anos depois, ele completaria a prova, em frente à Fundação Cásper Líbero, em São Paulo, 13min34 depois do queniano, detentor do recorde da prova. Na primeira edição, o atleta verde-amarelo completou o trajeto de 8,8 quilômetros em 33min21 (velocidade média de 15,84 km/h), performance muito inferior ao do pentacampeão Tergat, que em 1995 fez o percurso atual de 15 quilômetros em incríveis 43min12, correndo 20,8km/h em média. O recorde já dura 15 anos.

Se estivesse na linha de largada para a 86ª edição da corrida internacional, amanhã à tarde, na capital paulista, Alfredo, que também acumula o feito de ter sido o primeiro negro a integrar a delegação de atletismo do Brasil em uma Olimpíada (Paris’1924), não estaria sequer na elite da prova, composta por 142 atletas do Brasil e do mundo.

Em 85 anos de história, o misto de superação, profissionalismo e alta performance é a receita para vencer. Muito antes de os africanos dominarem as ruas paulistas, o lendário corredor tcheco Emir Zatopek foi um divisor de águas para a história da prova. Em 1953, um ano depois de se consagrar na Olimpíada de Helsinque, sendo o único a vencer os 5 mil metros, 10 mil metros e a maratona numa mesma edição, a Locomotiva Humana, como era conhecido, desembarcou em São Paulo para completar os 7,3 quilômetros em apenas 20min30s – maior média de velocidade da história (21,36km/h). Mesmo sendo aberta a atletas internacionais desde 1945, foi a partir do feito de Zatopek que a São Silvestre ganhou notoriedade.

O domínio dos atletas africanos começou em 1992, logo depois de a prova ser estabelecida nos padrões de percurso e horário atuais. O primeiro a vencer foi Simon Chemwoyo (1992 e 1993), que abriu caminho para os cinco títulos de Tergat (1995, 1996, 1998 e 2000).

terça-feira, dezembro 07, 2010

E eu nem li o jornal



Tua cor é o que eles olham, velha chaga
Teu sorriso é o que eles temem, medo, medo

Feira moderna, o convite sensual
Oh! telefonista, a palavra já morreu
Meu coração é novo
Meu coração é novo
E eu nem li o jornal

Nessa caverna, o convite é sempre igual
Oh! telefonista, se a distância já morreu
Indepedência ou morte
Descansa em berço forte
A paz na Terra amém