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segunda-feira, março 15, 2010

Mostra Jacques Rivette

Palácio das Artes

O Cine Humberto Mauro apresenta, entre 15 e 28 de março, mostra pioneira de um dos principais diretores da nouvelle vague francesa, Jacques Rivette. Considerado ao lado de Jean-Luc Godard como o mais experimental dos autores do movimento, a obra de Rivette permanece pouco conhecida pelo público brasileiro.

Influente crítico da revista Cahiers du Cinema, colocou em relevo em seus escritos e entrevistas as obras de diretores como Roberto Rossellini, Jean Renoir, Howard Hawks, Otto Preminger, entre outros. Ao lado de seus companheiros de revista renovou os ares do cinema francês trilhando novos caminhos ainda não explorados da linguagem cinematográfica.

Seus projetos são atravessados por experimentações narrativas e pela investigação da relação entre filme e ato de filmagem, assim como pela atenção a elementos que vão além da “tirania do roteiro”, co
mo a atmosfera, a relação com os espaços filmados e situações imprevisíveis. Outra questão premente no cinema de Rivette é a ideia do teatro como arte catalisadora da ambigüidade entre ilusão e realidade, arte/vida e enredo/improviso.


Este blog já comentou filmes e filmografia dos diretores franceses Eric Rohmer, em A morte do diretor das Palavras; Louis Malle, sobre a trilha sonora de Um ascensor para o Cadafalso; Alain Resnais, em Borges vai ao cinema; e sobre o diretor da cinemateca francesa, Henry Langlois, mentor da geração, em Menos Bandit, mais Langlois.
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terça-feira, janeiro 19, 2010

O diretor das palavras

Morreu semana passada - e só agora rabisco essas linhas, sentado em um dos sofás do café Kahlua -, o diretor francês Eric Rohmer, aos 89. Embora tenha sido um dos primeiros críticos da Cahiers do Cinema (da qual foi editor por quase década), a reconhecer a genialidade de Hitchcock e ser fã declarado de outros estrangeiros, como Rossellini, Rohmer era o mais francês dos diretores da Nouvelle Vague.

Sem deixar transparecer influências forasteiras em seu modo de guiar, Rohmer é dono de uma filmografia densa, marcada por diálogos e divagações filosóficas, longas e introspectivas. É, indiscutivelmente, o diretor das palavras.

Assisti aos contos das estações de Rohmer, realizados ao longo da década passada, no primeiro ano que me mudei para Belo Horizonte, em mostra no Usina Unibanco. Depois disso, vi filmes menos sofisticados, como A padeira do Bairro. Seu último trabalho foi Os Amores de Astrée e Céladon.

Para saber mais de Rohmer sugiro a leitura deste texto do portal português Público, ou este, da Folha.




sábado, outubro 24, 2009

#videodasemana: Miles Davis - Générique (1958)

A combinação é infalível: Miles Davis, Jeanne Moreau e a noite parisiense. O encontro foi em Ascenseur pour L'èchafaud, do francês Louis Malle, em 1958. Ainda escreverei alguns detalhes da gravação da trilha sonora feita pelo trompetista. Inclusive sobre o mito do naco de pele soltando da boca de Miles que, segundo jazzofilos, teria influenciado na sonoridade do disco.

Ah! e a película, da época que a Nouvelle Vague estava começando a engatinhar, é maravilhosa. Suspense, beleza estética e música para os ouvidos dos amantes do cinema.





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terça-feira, maio 19, 2009

Borges vai ao cinema


Antes de dirigir os dois filmes que o colocaram na linha de frente da Nouvelle Vague – Hiroshima, meu amor, 1959, e Ano Passado em Marienbad, 1961 –, Alain Resnais se dedicou à documentação em curta-metragem. Os cinco principais, reunidos na Mostra dedicada à sua carreira, no Cine Humberto Mauro, já bastariam para coroá-lo como um dos mais inventivos e contestadores estéticos do cinema, afirmação endossada por André Bazin, que cita Gérnica (1950) em sua obra “Pintura e cinema”.

Nos três primeiros anos da década de 1950, Resnais se dedicou à bela obra anti-racista e anti-colonialista “As estátuas também morrem” (1953), sobre as artes negras e, dois anos mais tarde, atinge a maturidade em Noite e Nevoeiro (1955), que caminha pelos campos de concentração nazistas. Os travellings do diretor nos faz passear pelos pavilhões abandonados, sob o céu rosa de outono, mescladas às cenas de arquivo monstruosas, do regime hitleriano, para Ahmadinejad nenhum duvidar.

Na década anterior, na Argentina, Jorge Luis Borges, passava seus dias entre a Biblioteca Nacional, na qual seria bibliotecário nos anos seguintes, e as famosas leiterias, tradicionais na Buenos Aires da primeira metade do século – a única que Borges recorda, uma vez que perdeu a visão prograssivamente, deficiência que o obrigou a dedicar-se unicamente aos poemas.


Apreciando as infinitas estantes, com inúmeras prateleiras e incontáveis obras de Stevenson, Quevedo, Ibsen e várias edições de Dom Quixote e As Mil e uma Noites – alguns de seus autores e obras preferidos –, Borges imaginou a Biblioteca de Babel (Ficciones, Mar del Plate, 1941), um universo com galerias em formato hexagonal, talvez sem fim. “A Biblioteca é uma esfera, cujo centro cabal é qualquer hexagono, cujo a circunferência é inacessível”.


Em minha curta experiência cinematográfica – ainda menor literária –, sempre imaginei como a grandiosidade e a imaginação criativa e visionária de Borges poderia ser traduzida para o cinema. Seria mais cabível em uma ficção, mas fui encontrá-lo, na primeira poltrona do cinema, no documentário Toda a memória do mundo, dirigido por Resnais, 1956, sobre a rotina de classificação e preservação dos livros na Biblioteca Nacional de Paris. E nada mais borgeano, que o prefácio preparado para a exibição: “De corredor em corredor, de livro em livro, desdobra-se o labirinto”.

Como na obra Borges, as artes também se bifurcam.

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quinta-feira, maio 14, 2009

Ciclo Alain Resnais - Programação


CLIQUE AQUI PARA VER A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DA MOSTRA
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segunda-feira, junho 30, 2008

Menos Bandit e mais Langlois!


por Renan Damasceno
especial para o Cinema em Cena
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Há milhares de clichês tentadoramente românticos esperando para serem usados quando o assunto é Maio de 1968: liberdade, revolução e utopia são palavras quase obrigatórias em reportagens e artigos sobre a mobilização dos estudantes franceses no final da década de 1960. Quarenta anos depois – com o tamanho do biquíni menor e o legado do consumo de drogas infinitamente maior –, os protestos daquele ano são constantemente lembrados e retomados como um alerta à passividade da juventude deste início de milênio. Liberdade, revolução e utopias à parte, é difícil responder se o sonho acabou ou não. E o pior: parafraseando Ivan Lessa, em quatro décadas, nem os próprios franceses decidiram se Maio de 1968 foi bom ou ruim.

* Leia o artigo na integra:

Menos Bandit e mais Langlois

sexta-feira, maio 26, 2006

DiaryBoard - "Um choque de genialidade"


" Nem o capuccino quente depois do filme me ajudou a digerir Jean Luc Godard. Minha primeira experiência com seu cinema foi um choque, um espanto, um novo sentido de arte cinematográfica. Em uma palavra: Genialidade - pra não comentar em poucas e injustas linhas um brilhantismo irredutível.
"A Chinesa" (La Chinoise, 1967) é uma aula de socialismo, de revolução, de história. De Marx e Lenin a Sartre, Camus passando pelo teatro de Samuel Becket e Brecht, o roteiro é digno de um gênio. Godard é pra ser lido e não apenas assistido, as imagens complementam o brilhantismo do texto. É um filme para ser revisto, esmiuçado, estudado, digerido aos poucos.
Godard me proporcionou nas telas o que Garcia Márquez, Sartre e Borges me propiciam na literatura, um estado de euforia, um ecstasy, um prazer.Impossível traduzi-lo em palavras sem reduzi-lo"