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domingo, setembro 11, 2011

11/9 - Veja como eles lembraram

Sair do convencional sem deixar de informar e transmitir toda a carga dramática da maior catástrofe da história do país foi o desafio dos jornais norte-americanos hoje, exatos 10 anos depois do ataque terrorista ao World Trade Center, em Nova York. Muitos apostaram na simplicidade gráfica, uma vez que pouca coisa inédita sobrou para falar uma década depois de muito exploração ao assunto. Apenas lembrar.















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segunda-feira, maio 02, 2011

Yes, we kill!

Folha da Noite, 2 de maio de 1945



Folha de S. Paulo, 2 de maio de 2011


quinta-feira, setembro 03, 2009

Será o fim do jornal impresso? – (Parte.3)


Está na Folha de S. Paulo de ontem, 03/09/09:

Balanços de jornais dos EUA têm melhora

Se a crise dos jornais norte-americanos continua forte nos textos de colunas e blogs que vivem do assunto, alguns números recém-divulgados pelas maiores empresas de mídia dos EUA sugerem que o cenário é melhor do que há um ano. São os balanços do segundo trimestre de 2009 de companhias proprietárias de três dos cinco principais diários do país.


A New York Times Company, que publica o "New York Times", o diário mais prestigioso do país e terceiro colocado em circulação nacional, anunciou uma receita líquida de US$ 39,1 milhões, ante US$ 21,2 milhões no mesmo período do ano anterior. Seus custos operacionais caíram 20%, ou US$ 140,5 milhões, e a economia total pode chegar a US$ 450 milhões no ano, segundo Janet Robinson, presidente da empresa.

Os valores reportados são maiores do que esperavam os analistas do setor.
Surpresa semelhante causou a Washington Post Company, que publica o "Washington Post", quinto colocado em circulação e principal diário político, que anunciou uma receita de US$ 1,13 bilhão, um aumento de 2% nos últimos 12 meses, ante uma expectativa de US$ 1,09 bilhão. O Post teve ainda uma receita líquida de US$ 11,4 milhões, ante perda de US$ 2,7 milhões em 2008.

Já a Gannett, que publica o jornal mais vendido, o "USA Today", com uma tiragem média de segunda a sexta que chega a 2,1 milhões de exemplares, teve lucro de US$ 70,5 milhões no período, ante uma perda de US$ 2,29 bilhões em 2008, e uma diminuição de 72,3% nas despesas operacionais do segmento de publicações.

A divulgação da série de balanços, que ocorreu há algumas semanas, chegou mesmo a causar então uma pequena alta na cotação das ações de empresas jornalísticas abertas, que vinham sofrendo quedas consecutivas na Bolsa.

Nos EUA, o meio passa por um momento de redefinição por conta da crise causada pelo que especialistas chamam de "tempestade perfeita": um modelo de negócios insustentável iniciado nos anos 90, com a decisão de oferecer on-line de graça o mesmo conteúdo que é cobrado no papel; a migração lenta e ainda pouco significativa da publicidade do segundo meio para o primeiro; e a queda no volume de anúncios em geral, efeito da maior recessão das últimas décadas.

Além disso, e diferentemente das companhias europeias, por exemplo, as empresas jornalísticas norte-americanas eram até certo ponto inchadas. Um dos mais atingidos pela crise, quarto diário em tamanho de circulação mas com enfoque regional, o "Los Angeles Times" conta hoje com uma redação de 650 jornalistas. Em 2001, tinha o dobro de gente, ou o mesmo que o "New York Times" de hoje, que tem alcance nacional e cerca de setenta escritórios internacionais.

Outros perderam o foco ao longo dos anos, investindo em empresas de outros setores, das quais agora começam a se desfazer. A New York Times Company vendeu sua estação de rádio de música clássica por US$ 45 milhões e colocou à venda sua participação no New England Sports Ventures, dono do time de beisebol Red Sox.

Ainda assim, o meio jornal continua sendo a principal fonte de informação do país. Segundo levantamento feito em julho pela Scarborough Research a pedido da Newspaper Association of America (NAA), o número de adultos que leem jornal por semana nos Estados Unidos é de 128,5 milhões, ou 70,7% da população total de adultos do país.
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Leia+:

Será o fim do jornalismo impresso – Parte 1
Será o fim do jornalismo impresso – Parte 2
100 dias em 10 capas (Obama e as revistas)
Billy Wilder e o jornalismo

sexta-feira, agosto 28, 2009

100 anos de Benny Goodman


A alcunha de “Rei do Swing” aplicada ao clarinetista Benny Goodman (1909-1986) pode ser contestada pelos críticos mais ortodoxos, mas suas façanhas não merecem nomenclatura menos majestosa. Embora precedido por músicos como Fletcher Henderson e Bix Beiderbecke, que já rascunhavam o swing (o gênero, não a troca de casais), ainda na década de 1920, coube a Benny transformar o estilo na mais bem sucedida época da história do jazz.

Caracterizado pelas big bands e pelas músicas menos complexas, rítmico e harmonicamente falando, do que o jazz moderno, o swing da década de 1930 é o único momento em que jazz e música popular americana viraram quase a mesma coisa.

Tal popularidade iniciou “por acaso” no fim de uma desastrosa turnê pelos Estados Unidos. À beira da desistência por causa da péssima receptividade ao estilo, Benny resolveu fazer suas últimas apresentações de clarinete erguido na Califórnia – mesmo que isso pudesse lhe render uma chuva de vaias e de copos de cerveja arremessados ao palco. Porém, não esperava ser recebido tão calorosamente pelo público formado predominantemente por jovens da West Coast. Não demorou muito para o estouro correr pelo país e culminar, em 1938, na primeira apresentação de jazz no Carnegie Hall, o templo da música de Nova York.

Uma constatação: as fãs histéricas não nasceram com o rock e, da mesma forma que o blues originou o jazz e depois o rock’n roll, Benny Goodman é uma espécie de Elvis ou Beatles da pré-história.

Bom moço, Goodman era o filho que toda nação queria ter. Da sua ascensão até o início da década de
1940, era a imagem perfeita para os Estados Unidos divulgar para o mundo sua cultura e, pouca gente lembra hoje, que ele foi nos Anos 30 um dos nomes mais populares e queridos da América. Em suas apresentações mundo a fora, não admitia que seus músicos tocassem mal vestidos e era tecnicamente exigentíssimo, tanto que, quando ouvia alguma nota fora do compasso, lançava o fulminante “olhar de raio”, que significava carta de demissão no dia seguinte.

Em uma das fases mais conturbadas na luta pela igualdade racial nos Estados Unidos – briga que se estendia ao ainda dividido mundo do jazz –, Benny foi o primeiro bandleader que colocou negros, brancos, amarelos e azuis tocando junto. A opção anti-racista pode ser reflexos em sua infância que ele mesmo não gostava muito de revelar: era filho de imigrantes judeus, refugiados da Primeira Guerra.

Se estivesse vivo – pelo menos o está nos mais de 30 discos que deixou –, Benny Goodman completaria 100 anos em 2009. Mesmo que as homenagens no mundo do jazz tenham o deixado um pouco de lado, o clarinetista é o nome celebrado na 7ª edição do Jazz Festival Brasil, que passa por Belo Horizonte neste fim de semana. É uma oportunidade de ouvir de grupos influenciados por Goodman a releitura de clássicos como Sing Sing Sing e tantas outras imortalizadas pelo clarinete do incontestável “Rei do Swing”.

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sexta-feira, maio 08, 2009

Assessoria...

O artigo "100 dias em 10 capas", uma leitura dos primeiros 100 dias do governo Obama a partir de 10 capas de três revistas americanas, publicado mês passado no Moviola, está na capa do respeitado site Observatório da Imprensa desta semana. Para conferir, clique aqui. O artigo também foi publicado no site do jornalista Leo Quintino, neste link aqui. E no Jornal dos Lagos, de Alfenas, bem aqui.

quarta-feira, abril 29, 2009

Artigo - 100 dias em 10 capas

Em pouco mais de três meses no governo, Obama aparece cada vez mais cabisbaixo e pensativo na capa das principais revistas norte-americanas

Renan Damasceno

Barack Obama está preocupado. Embora goze de popularidade acima de qualquer suspeita, o novo timoneiro da América tem andado mais introspectivo e pensativo nas últimas semanas, imagem oposta ao semblante rijo e olhar determinado que o levou à Washington, em eleição vencida em novembro do ano passado. Cem dias após assumir a Casa Branca, o 44º presidente da maior potência mundial – 14º democrata a ocupar o posto –, já sente precocemente o peso de governar o país, uma vez que a população exije postura firme diante da crise e o restante do mundo anseia novas diretrizes na política externa.

Desde que assumiu oficialmente o governo estadunidense, em 20 de janeiro, Mr. Obama apareceu na capa de 10 edições de três revistas de grande circulação no país: The Economist, Newsweek e Times. Neste período, foram lançadas 45 edições semanais e o rosto do presidente, em foto ou charge, é destaque, pelo menos, uma vez por mês em cada uma delas. A 11º capa será no próximo número da Times, em 4 de maio, que traz Obama, fotografado pelas costas, caminhando pensativo.

O novo comandante tem curvado seu queixo cada vez mais para baixo nas capas das revistas. O semblante de novo imperador, o sorriso largo ao lado da primeira-dama Michelle e a serenidade das primeiras semanas – explorados em cinco edições entre 17 de janeiro e 2 de fevereiro, acompanhados por frases esperançosas como “Renovando a América” (The Economist, 17/01/2009) e “Grande Expectativa” (Time, 26/01/2009) –, deram lugar no último mês à preocupação e à cautela.

Obama – e parte de 2/3 do eleitorado americano que o apóia – descobriu que a política externa não se resolve apenas com apertos de mão (bem apertados!) com Hugo Chávez ou troca de afagos com Cuba. O presidente, embora inexperiente, terá que manejar ainda a questão da fronteira com o México, manter a ordem de retirada do exercito do Iraque, conciliar-se com o mundo islâmico e recuperar o país do virulento antiamericanismo, que aumentou na Era Bush. Ao mesmo tempo, lidará com um problema que deve ganhar contornos maiores nos próximos anos: a guerra no Afeganistão, tratada na capa da Newsweek, de 09/02/2009, como o “Vietnã de Obama”. A edição alerta para os contornos além do planejado que a batalha pode ganhar nos próximos meses e como pode custar caro aos americanos.

Para evitar um naufrágio – As revistas têm trocado o otimismo pela cautela. Se antes a “obamania” não deixava brechas às críticas, desde lançado o plano salvador de US$ 787 bilhões, no começo de fevereiro, a imprensa preferiu se distanciar do mito para avaliar os riscos e não deixar que o timoneiro caia no mar, levando junto o povo americano (The Economist, 14/02/2009). Para a publicação, o plano deve ser muito bem abalizado para que seja a solução e não mais uma parte do problema.

Em casa, Obama tem sido mais criticado que no exterior. Para muitos, ainda precisa mostrar mais liderança e conciliar o Congresso, para que consiga apoio em projetos mais difíceis e arrojados no futuro, como o controle na emissão de carbono e reforma da saúde pública. A crítica mais dura recebida até agora foi da The Economist, edição de 28/03/2009, que decreta que o desempenho caseiro de Obama foi fraco para aqueles que endossaram sua candidatura, incluindo a própria publicação.

O psicólogo da América – No entanto, esses obstáculos não excluem a competência de Obama no manejo da política externa e seu imensurável poder psicológico. “O novo psicólogo da América” (Newsweek, 02/03/2009) inspira confiança no seu povo e tem apoio massivo para trabalhar. Segundo levantamento recente do Barômetro Iberoamericano de Governabilidade, o governante têm 85% de avaliação positiva, superando populares da América Latina, como Luiz Inácio Lula da Silva, que aparece em terceiro com 73%. Pesquisa do Washington Post revela que 69% dos estadunidenses aprovam seu trabalho.

Os americanos, apesar da crise, tiveram sua fé no futuro restaurada e sabem que não há cura fácil para os problemas do país, por isso são pacientes. A “obamania” está longe do fim e o presidente, embora ande meio cabisbaixo pelos corredores da Casa Branca, sabe que o sol pode voltar a raiar na América nos próximos anos.



sexta-feira, janeiro 16, 2009

Faça sua festa!


Update: Acabo de conhecer o site Bush Bye Bye Party, página que convoca pessoas do mundo inteiro para um verdadeiro ‘bota-fora', em 19 de janeiro: uma grande festa comemorando a saída do presidente estadunidense George W. Bush. Até esta sexta-feira (a dois dias, 23 horas e 39 minutos do fim do mandato, de acordo com o próprio site), 922 haviam cadastrado suas festinhas, algumas no Brasil.

As 10 piores frases de George Bush


1 - "Eu quero agradecer ao meu amigo, o senador Bill Frist, por se juntar a nós hoje. Ele se casou com uma menina do Texas. Uma menina do Oeste do Texas, exatamente como eu." (Nashville, Tennessee, 27/05/2004)

2 - "Eu sei que os seres humanos e os peixes não podem coexistir pacificamente." (Saginaw, Michigan, 29/09/2000)

3 - "Aqueles que entram no país ilegalmente violam a lei." (Tucson, Arizona, 28/11/2005)

4 - "Eu acho que a guerra é um lugar perigoso." (Washington, 7/05/2003)

5 - "O embaixador e o general estavam me relatando: a grande maioria dos iraquianos querem viver em um mundo pacífico e livre. E nós vamos achar essas pessoas e levá-las à Justiça." (Washington, 27/10/2003)

6 - "Ler é básico para todo o aprendizado." (Reston, Virginia, 28/05/2000)

7 - "Eu entendo o crescimento dos negócios pequenos. Eu fui um." (Entrevista ao New York Daily News, 19/02/2000)

8 - "É claramente um orçamento. Tem muitos números nele." (Entrevista à agência de notícias Reuters, 5/05/2000)

9 - "Doutores demais estão deixando o negócio. Muitos obstetras e ginecologistas não estão podendo praticar o seu amor às mulheres pelo país." (Poplar Bluff, Missouri, 6/10/2004)

10 - "Eu sou o decisor, e eu decido o que é melhor."(Washington, 18/04/2006)

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+ Política norte-americana no blog:
Papo de buteco: Entenda a crise americana
+ Gafes de Bush na internet:
Lista completa de oito anos de 'bushismos'
Assista as gafes de Bush na BBC Brasil

quinta-feira, outubro 02, 2008

Entenda a crise americana

Você deve estar cansado de ouvir nos jornais sobre a crise na economia americana, mas como não tem saco pra prestar atenção e entender todo aquele papo jornalístico, aqui vai uma versão para leigos do que aconteceu na economia dos EUA:

É assim:

O seu José tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça 'na caderneta' aos seus leais fregueses, todos bêbados e quase todos desempregados.

Porque decidiu vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito) e ter um lucro maior.

O gerente do banco do seu José, um ousado administrador formado em curso de Administração e com MBA, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao boteco tendo a pindura dos pinguços como garantia.

Mais adiante, alguns executivos do banco lastreiam os tais recebíveis e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outra sigla financeira que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.

Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F (Bolsa de Mercadoria e de Futuros), cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu José ).

Mais adiante, esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.

Até que alguém descobre que os bêbados desempregados da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu José vai à falência.

E toda a cadeia desmorona.
Fim.

(Texto: http://abandapodre.blogspot.com )