quarta-feira, agosto 30, 2006

Frankfurtianas....

A cultura de massa é “uma psicanálise ao revés”, é regressiva. Para Adorno e Horkeheimer, a “cultura de massa” não é nem cultura nem é produzida pela massa: sua lei é a novidade, mas de modo a não perturbar os hábitos e expectativas, a ser imediatamente legível e compreensível pelo maior número de expectadores e leitores.Evita a complexidade, oferecendo produtos à interpretação literal, ou melhor, minimal. Assim, a mídia realiza uma caça a polissemia pela demagogia da facilidade – fundamento da legitimidade desse sistema de comunicação.Adorno critica a Indústria Cultural não por ser democrática, mas por não o ser.A mídia transmite uma cultura agramatical e desortográfica, de tal forma que a educação retorna a condição do segredo, conhecimento de uma elite: “A luta contra a cultura de massa só pode ser levada adiante se mostrada a conexão entre a cultura massificada e a persistência da injustiça social”.

(Escola de Frankfurt - Luzes e Sombras do Iluminismo)

terça-feira, agosto 22, 2006

Crueldade e ironia: O cinema produtor de violência.


A sociedade passa por um período de banalização e espetacularização (como me referi no artigo BBB – O espetáculo superficial).Os ideais de liberdade e democracia sofrem constantes mutações, as utopias inexistem e a ruptura dos valores sociais nos introduz em um mundo cada vez mais competitivo, cruel e desumano.

É certo – e nenhum momento afirmo o contrário – que a violência é fruto de diversos problemas sociais que foram se agravando com políticas corruptas e mal estruturadas e por políticos que deixam o povo à mercê de seus interesses, mas os veículos de comunicação contribuem para essa banalização da violência.Exemplo disso são as séries e filmes produzidos pela indústria estadunidense nas últimas décadas.

O cinema americano inaugura, no final da década de 80 e início da década seguinte, um novo estilo cruel e sarcástico de fazer cinema.O “neo-brutalismo” como é conhecido, mescla ironia e crueldade, criando uma nova imagem ao bandido.Ele passa a ser o centro do espetáculo, pouco importando sua postura e suas ações.

Cria-se, assim, uma espetacularização da violência.Matar, violentar e torturar passa a ser tratado com bom humor, funcionando apenas como pano de fundo para a ação de quem executa o ato.

A violência como entretenimento nos faz pensar que tudo é normal. Somos meros espectadores da crueldade executada no meio social, somos cúmplices de uma sociedade cada vez mais desumana.


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