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quarta-feira, novembro 24, 2010

Sobre cafés e Julie London


Esse blog se esforça para encontrar combinações perfeitas e saborosas - quando muito, sinestésicas -, de jazz, café e cinema. Já misturou Ron Carter, esguio e elegante como um contrabaixo, com café torrado na hora, em comercial da Tully's; as notas soturnas de Miles, Jeanne Moreau e as noites parisienses, em Ascenseur pour L'èchafaud; Dizzy Gillespie com mocotó, em gravações esquecidas desde a década de 1970; entre outras viagens musicais, gastronômicas, astronômicas.

Um dos standards preferidos pelas divas do jazz (Ella, na versão mais popular, Sarah Vaughan, Peggy Lee, entre outras) Black Coffee demorou para emplacar suas notas no Moviola. E de todas versões, executadas entre as décadas de 1940 e 1960, escolhi a voz rouca e sexy da atriz Julie London, frequentemente lembrada pela atuação ao lado Gary Cooper, em O Homem do Oeste, faroeste de Anthony Mann.

Mesmo sem a extensão vocal de outras conceituadas cantoras de seu tempo, Julie tem respeitada discografia, com interpretações de Irving Berlin e irmãos Gershwin a Cole Porter e Tom Jobim. Foi a cantora mais popular por três anos consecutivos, conferidos pela Billboard, de 1955-57. Cry Me a River, de Arthur Hamilton, talvez seja sua interpretação mais lembrada.



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sexta-feira, novembro 12, 2010

O mundo dentro de uma xícara

Tarde no Octávio Café, em São Paulo.


domingo, novembro 07, 2010

O paraíso na outra esquina



Do caderno
Paladar, do estadão.

Foi mais difícil convencer o cafeicultor Paulo Sérgio de Almeida a vender duas sacas de um de seus melhores cafés do que encontrar este microlote para servir no Octávio Café, em São Paulo.

Muita conversa depois, a barista Silvia Magalhães persuadiu o produtor: o microlote da Fazenda Santa Terezinha, em Paraisópolis, no sul de Minas Gerais, será o primeiro a ser oferecido no café, a partir desta terça-feira.

Por que tanta insistência? A qualidade da bebida, provada em primeira mão pelo Paladar na última semana, explica. É um café extremamente doce, no nariz e na boca. Tem corpo aveludado e aroma intenso de frutas vermelhas – características percebidas especialmente quando foi preparado na prensa francesa.

Cultivado a 1.200 m de altitude, em uma região de solo vulcânico próximo a Poços de Caldas, os grãos são colhidos manualmente quando estão maduros – daí a doçura elevada do café.

"Fiquei surpresa, porque ele é um café (da variedade) mundo novo, e eu odeio mundo novo", diz Silvia Magalhães. "É cultivado numa área sombreada que nem parece lavoura de café, e sim uma mata. É tudo artesanal, colhido manualmente. Demorou 15 dias para secar, em uma estufa suspensa e coberta."

O café deste talhão, o colônia mundo novo, conquistou fãs não só aqui. As outras seis sacas do microlote, só com cereja natural, já têm destino: Dinamarca.

"O comprador disse que só tomou um café igual ao meu, em complexidade, na Etiópia. Não esperava encontrar um café assim aqui", diz o cafeicultor Paulo Sérgio de Almeida. "Eu mesmo ainda não provei. Estou curioso para beber este café."

Este microlote da Fazenda Santa Terezinha poderá ser degustado em todos os métodos de preparo disponíveis no Octávio Café. Quem quiser também poderá comprá-lo para preparar em casa (em grão ou moído), em embalagem com 250g (R$ 44).

"Vamos torrar aos poucos, em pequenas quantidades, conforme houver demanda, para ter café sempre fresquinho", diz Silvia.

Embora ainda não tenha data marcada para começar a servir os próximos microlotes selecionados, a barista adianta quais são as origens: Divinolândia, Caconde e São Sebastião da Grama, no interior de São Paulo.

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Foto: Renan Damasceno. Café Viena, Aeroporto de Brasília. 04/11/10. Mais fotos minhas de café, aqui.

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quinta-feira, março 25, 2010

NY Quality Coffees

Matéria do Manhattan Connection do último domingo, 21 de março, sobre os novos hábitos de consumo de café em Nova York. Será que descobriram que aquele líquido escuro e aguado dos fast coffees deles não são cafés?


quarta-feira, novembro 04, 2009

Coffee, Jazz and Ron Carter (parte.3)

Há um mês e meio postei dois comerciais estrelados pelo baixista Ron Carter, o primeiro para a cafeteria Tully's e o outro para o uísque Suntory, ambos para a TV Japonesa. Nos segundo, até coloquei um breve texto sobre a bebida, principal uísque à base de malte da terra do sol nascente.

Esses dias, em outra incursão pelo Youtube descobri outras duas propagandas protagonizadas pelo baixista. No primeiro player, está uma outra versão para o Suntory Whisky White. No segundo, gravado em 1988, não dá pra reconhecer a marca, mas creio ser de outra bebida.



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+ sobre Ron Carter neste blog:
- Coffee, Jazz and Ron Carter (parte.1)
- Coffee, Jazz and Ron Carter (parte.2)
- Se Deus tivesse uma voz
- Vídeo: Nada será como antes

domingo, setembro 27, 2009

Coffee, Jazz and Ron Carter (parte.2)

Há pouco tempo, publiquei aqui o comercial estrelado pelo baixista Ron Carter para a cafeteria Tully`s japonesa. Fuçando mais um pouco no Youtube, descobri este outro vídeo do baixista, desta vez gravado para o uísque japonês Suntory:



Não encontrei muitas informações sobre a bebida em sites brasileiros - até para matar minha curiosidade do por quê ela é servida quente na propaganda. Segundo esta página britânica, o uísque japonês sempre foi apreciado por bebedores mais sofisticados, mas só ganhou rnotoriedade internacional após investir no uísque à base de malte.

A Suntory é a principal investidora neste tipo de produção, hoje com o status de mais importante nome de uísque oriental, com grande variedade de produtos - de 10 a 18 anos. O preço , de um 10 anos, gira em torno de 35 euros. Além de Ron, encontrei este outro vídeo, com o pianista Herbie Hancock, parceiro do baixista no quinteto de Miles Davis na década de 1960.



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quarta-feira, setembro 23, 2009

Coffee, Jazz e Ron Carter

Tive o prazer de assistir duas apresentações do baixista Ron Carter no Brasil. Ambas no Festival Tudo é Jazz de Ouro Preto - em 2008, acompanhando Milton Nascimento, com quem gravou o disco Angelus (1993), e neste ano ao lado de Madeleine Peyroux, em show homenageando Billie Holiday.

Carter, uma figura de 1,90 tão elegante quanto um contra-baixo, já transou em todas, de Miles Davis a Chet Baker a outras centenas de álbuns de estúdio. É das últimas almas vivas dos tempos áureos do jazz, que ainda peregrina pelo mundo, a exemplo dos ex-parceiros de quinteto Herbie Hancock e Wayne Shorter e do saxofonista Sonny Rollins.

Assistindo apresentações de Carter no Youtube dei de cara com um delicioso comercial do baixista gravado para a filial da cafeteria Tully`s no Japão. São apenas 15 segundos, capazes de te deixar com água na boca por um bom espresso.

Ao contrário de Carter, a Tully`s não chegou ao Brasil. Sem trilhar o mesmo caminho de outra americana de Seattle, a Starbucks, que já está em várias esquinas de São Paulo e Rio, a cafeteria não tem planos para o mercado brasileiro (neste blog, a Tully`s já foi citada em coluna de Lucas Mendes, sobre a vontade de Obama sediar um grande evento esportivo na terra do grunge).




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sexta-feira, junho 19, 2009

Fim de Semana – Sobre queijos, fomes e digestões


Por João Marcos Veiga*

Novos aromas desenham no ar um cheiro de mudança ou, ao menos, de recomeço. Há pouco mais de um ano, o queijo – esse âmago, essa quintessência da mineiridade – foi elevado ao status de patrimônio cultural imaterial do estado. Durante a Expocachaça foi anunciado que, enfim, temos o dia da branquinha. No mês passado, a empresa Forno de Minas, um dos símbolos de nossa pedra filosofal, o pão-de-queijo, deixou de pertencer à insaciável e indigesta economia americana para retornar, depois de dez anos, à família mineira.

Mesa posta para indagar: o Brasil, sintetizado em Minas, continua se contentando com enlatados queimados em microondas ou, de tanto comer cru, começa a achar sua receita no lixo de uma digestão cultural inconstante?

Do lixo surgem alguns instrumentos do liquidificador do Graveola. Num movimento centrípeto, pop, soul, bossa nova, brega e experimentalismo trocam sabores. De um caldo polifônico surge, em vertigem centrífuga, um cheiro de novidade. Ao expor corajosamente suas fontes de inspiração, abrem-se novos canais de escoamento para nossas infinitas – enquanto lutem, posto que há a lama – criações musicais em constante antropofagia.

Em recente artigo, Arnaldo Jabor (aquele que Nelson Rodrigues se referia como o jovem que chupava sorvete em plena Marcha dos 100 mil) declarou que, de tanto o Brasil fazer antropofagia de outras culturas, já estamos em processo de indigestão. Recentemente descobri que a manga não é nossa (Mangifera indica) e que nosso único instrumento genuíno é a ... cuíca.

Enfim, o que é nosso? Nossa é essa sede que seca nossas gargantas roucas; nossa é essa fome que consome nossas estéticas glauberianas que não se rendem. Não somos o pulmão e tampouco as chuteiras do mundo, somos seu estômago. De canibais do século dezesseis, passamos a antropofágicos do século XX para chegar à regurgitofagia da transição de séculos.

A comida está para a criação assim como a culinária está para a cultura de um país. Assim, temperos somente ganham autêntico gosto quando celebram-se os próprios pratos. Apesar da exploração midiática, os cinqüenta anos de Bossa Nova e Cinema Novo e os cem anos do samba são sinais de que não vivemos tanto na solidão e num ensaio eterno de uma cegueira cultural.

Mas os guardiões do limiar estão sempre a postos (lembram da marcha contra a guitarra elétrica?): como explicar a inicial rejeição, tal qual uma criança relutando a comer verduras, ao Transamba de Caetano? Com um rock minimalista em compasso com o samba tal qual queijo e goiabada, o tropicalista reafirma o que todos insistem em não ver desde o “Transa”: a essência está na mudança. Ao cantar o falso Leblon e sentenciar que a Lapa é a síntese do Brasil, Caetano deixa de falar que ele sim é a síntese do Brasil.

O problema, como diria Elis, é que o Brazil não conhece o Brasil. Como dizia Manoel, a única solução, então, é dançar um tango argentino. Quer dizer, como diria aquele de Budapeste, o melhor é botar água no feijão, pois desde Cabral estamos com uma fome e uma sede de anteontem.

*João Marcos VEIGA, 23, é jornalista. Editor do programa Microfonia, da PUCTV
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+ Sobre Cultura Brasileira neste blog:

Afinal, o que é MPB?
As façanhas de Farnésio
Se Deus tivesse uma voz...
Resenha – Budapeste