Por: Renan Damasceno
Glauber Andrade Rocha nasceu em 1939 na cidade de Vitória da Conquista, na Bahia. Aos oito anos, mudou-se com a família para Salvador, ingressando no Colégio Presbiteriano 2 de Julho, um dos mais tradicionais da capital baiana. Desde cedo, Glauber mostrou vocação para as artes, escrevendo e atuando em peças teatrais. Aos 10 anos, escreve sua primeira peça, El Ijito de Oro, escrita em espanhol e encenada no próprio Colégio Presbiteriano.
Durante a década de 50, Glauber continuou escrevendo e atuando, além de participar de programas de rádio como crítico de cinema. Cursou Direito por um ano na Faculdade Federal da Bahia, foi repórter policial e colaborou em diversas revistas e jornais.Em 1958, filma Pátio, que não foi finalizado devido à falta de sonorização.
Influenciado pela Esquerda Comunista, pelo cinema revolucionário de Sergei Eisenstein e pelo neo- realismo italiano de Rosselini e Pasolinni, Glauber despertou um novo olhar crítico sobre a cultura e a política brasileira. Queria uma arte engajada, que defendesse o Brasil do imperialismo estadunidense e do domínio do cinema roliudiano. Suas viagens pelo interior do nordeste com seu pai, o comerciante Adamastor Rocha, o fez conhecer a verdadeira realidade brasileira.
Na década de 60, o cinema brasileiro passou por uma grande revolução. As telas, antes dominadas pelos filmes de comédia e pelas grandes produções do estúdio Atlântida, dão lugar ao cinema revolucionário, liderado por Glauber, conhecido como Cinema Novo. Aderem-se ao movimento os cineastas Cacá Diegues, Arnaldo Jabor, Joaquim Pedro de Andrade e Nelson Pereira dos Santos, que dirigiu Rio 40 graus, em 1953, considerado o precursor desse novo jeito de fazer cinema.
“Uma idéia na cabeça e uma câmera na mão”, está foi a frase que deu identidade ao movimento. Em 1963, Glauber dirige “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, considerado uma obra-prima do cinema brasileiro, que denuncia o misticismo cego e a realidade nordestina.Três anos mais tarde, dirige “Terra em Transe”, com grande elenco, entre eles Mário Lago, Paulo Autran e Paulo Gracindo. O filme foi considerado subversivo e proibido de ser exibido em território nacional, alegando ofensa à Igreja Católica.Completando a trilogia das grandes obras do diretor, “O Dragão da Maldade contra o santo guerreiro”, que rendeu a Glauber o prêmio de melhor diretor no prestigiado Festival de Cannes, na França.Ainda na década de 60, o diretor filma o documentário “Maranhão 66”, que registra a posse de José Sarney como governador no estado.
Em 1971, Glauber parte para o exílio e dirige filmes internacionais como o espanhol “Cabeças Cortadas” e o italiano “O leão de sete cabeças”, sem muito sucesso. A ferocidade crítica de seus três grandes sucessos da década anterior é menos visível em seus seis longas-metragens da década de 70.Foi novamente premiado em Cannes pelo curta DiCavalcanti DiGlauber, filmado durante o funeral do pintor brasileiro DiCavalcanti.Seu último filme foi “A Idade da Terra”, criticado durante sua estréia no Festival de Veneza, em 1980.
Glauber faleceu em 1981, aos quarenta e dois anos, no Rio de Janeiro, vítima de septicemia, um choque bacteriano causado por uma broncopneumonia. Lutou pela solidificação da cultura nacional, pela liberdade e pela democracia.Mostrou para o Brasil o Brasil que pouca gente conhece.
Filmografia:
1980 - A idade da terra
1979 - Jorjamado no cinema
1976 - Di Glauber
1975 - Claro
1974 - As armas e o povo
1974 - História do Brasil
1972 - Câncer
1970 - Cabeças cortadas
1970 - O Leão de Sete Cabeças
1968 - O Dragão da maldade contra o santo guerreiro
1967 - Terra em transe
1966 - Maranhão 66
1963 - Deus e o diabo na terra do sol
1960 - Barravento
1959 - O pátio
Assista aos Vídeos na Íntegra:
DiCavalcanti DiGlauber
Documentário Manifesto Glauber
Glauber Andrade Rocha nasceu em 1939 na cidade de Vitória da Conquista, na Bahia. Aos oito anos, mudou-se com a família para Salvador, ingressando no Colégio Presbiteriano 2 de Julho, um dos mais tradicionais da capital baiana. Desde cedo, Glauber mostrou vocação para as artes, escrevendo e atuando em peças teatrais. Aos 10 anos, escreve sua primeira peça, El Ijito de Oro, escrita em espanhol e encenada no próprio Colégio Presbiteriano.
Durante a década de 50, Glauber continuou escrevendo e atuando, além de participar de programas de rádio como crítico de cinema. Cursou Direito por um ano na Faculdade Federal da Bahia, foi repórter policial e colaborou em diversas revistas e jornais.Em 1958, filma Pátio, que não foi finalizado devido à falta de sonorização.
Influenciado pela Esquerda Comunista, pelo cinema revolucionário de Sergei Eisenstein e pelo neo- realismo italiano de Rosselini e Pasolinni, Glauber despertou um novo olhar crítico sobre a cultura e a política brasileira. Queria uma arte engajada, que defendesse o Brasil do imperialismo estadunidense e do domínio do cinema roliudiano. Suas viagens pelo interior do nordeste com seu pai, o comerciante Adamastor Rocha, o fez conhecer a verdadeira realidade brasileira.
Na década de 60, o cinema brasileiro passou por uma grande revolução. As telas, antes dominadas pelos filmes de comédia e pelas grandes produções do estúdio Atlântida, dão lugar ao cinema revolucionário, liderado por Glauber, conhecido como Cinema Novo. Aderem-se ao movimento os cineastas Cacá Diegues, Arnaldo Jabor, Joaquim Pedro de Andrade e Nelson Pereira dos Santos, que dirigiu Rio 40 graus, em 1953, considerado o precursor desse novo jeito de fazer cinema.
“Uma idéia na cabeça e uma câmera na mão”, está foi a frase que deu identidade ao movimento. Em 1963, Glauber dirige “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, considerado uma obra-prima do cinema brasileiro, que denuncia o misticismo cego e a realidade nordestina.Três anos mais tarde, dirige “Terra em Transe”, com grande elenco, entre eles Mário Lago, Paulo Autran e Paulo Gracindo. O filme foi considerado subversivo e proibido de ser exibido em território nacional, alegando ofensa à Igreja Católica.Completando a trilogia das grandes obras do diretor, “O Dragão da Maldade contra o santo guerreiro”, que rendeu a Glauber o prêmio de melhor diretor no prestigiado Festival de Cannes, na França.Ainda na década de 60, o diretor filma o documentário “Maranhão 66”, que registra a posse de José Sarney como governador no estado.
Em 1971, Glauber parte para o exílio e dirige filmes internacionais como o espanhol “Cabeças Cortadas” e o italiano “O leão de sete cabeças”, sem muito sucesso. A ferocidade crítica de seus três grandes sucessos da década anterior é menos visível em seus seis longas-metragens da década de 70.Foi novamente premiado em Cannes pelo curta DiCavalcanti DiGlauber, filmado durante o funeral do pintor brasileiro DiCavalcanti.Seu último filme foi “A Idade da Terra”, criticado durante sua estréia no Festival de Veneza, em 1980.
Glauber faleceu em 1981, aos quarenta e dois anos, no Rio de Janeiro, vítima de septicemia, um choque bacteriano causado por uma broncopneumonia. Lutou pela solidificação da cultura nacional, pela liberdade e pela democracia.Mostrou para o Brasil o Brasil que pouca gente conhece.
Filmografia:
1980 - A idade da terra
1979 - Jorjamado no cinema
1976 - Di Glauber
1975 - Claro
1974 - As armas e o povo
1974 - História do Brasil
1972 - Câncer
1970 - Cabeças cortadas
1970 - O Leão de Sete Cabeças
1968 - O Dragão da maldade contra o santo guerreiro
1967 - Terra em transe
1966 - Maranhão 66
1963 - Deus e o diabo na terra do sol
1960 - Barravento
1959 - O pátio
Assista aos Vídeos na Íntegra:
DiCavalcanti DiGlauber
Documentário Manifesto Glauber
Um comentário:
très intéressante!!!!
Estoy muy contenta de haber entradoo a tu fotolog esta mañana, y también de que mi curiosidad me trajo a tu blogg,eh podido leer solo algunas cosas y estoy maravillada de tu forma facil de escribir y de las cosas tan interesantes que eh podido aprender acá, tu escrito sobre lula el rock en brasil, los directores de peliculas, buena vista, las represiones politicas todo se parece mucho pero es pintado de otros colores en tu contexto, espero seguir leyendo y aprendiendo de tus forma de ver las cosas que suceden en el mundo.
Angelica
Hermosillo, Sonora,México
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