Responsável pela organização e relançamento da obra de Leon Hirszman, o montador Eduardo Escorel não poderia ter escolhido forma melhor de homenagear o diretor, morto em 1987: Deixa que eu falo – exibido no Forumdoc.bh, ainda não lançado em circuito comercial –, destaca-se pela riqueza de imagens de arquivo, que ditam por si só o andamento do documentário.
O título foi escolhido para que Escorel não se colocasse na posição de narrador onipresente sobre a vida e obra de um amigo tão íntimo. O subterfúrgio narrativo foi atribuir ao próprio Leon as coordenadas, em uma espécie de documentário póstumo. Para isso, Escorel resgatou entrevistas e arquivos pessoais do diretor e “deixou que ele falasse”.
Segundo o diretor, o documentário não teve roteiro e foi construído a partir da pesquisa de material. Tratando-se de um exímio montador, Escorel organiza 70 minutos de filme com fragmentos que fogem da própria realidade e filmografia de Hirszman: para falar da chegada da família de Leon ao Brasil, utiliza trechos de O Imigrante (Chaplin, 1917), para citar a relação do diretor com os grevistas do ABC Paulista, evoca imagens de A Greve (Eisenstein, 1924).
Deixa que eu falo se destaca por falar muito em pouco tempo. É uma viagem ao mais íntimo de Leon Hirszman – um dos mais importantes nomes da cultura brasileira e um dos fundadores do Cinema Novo –, sem cair no lugar comum de tantos documentários biográficos.
O título foi escolhido para que Escorel não se colocasse na posição de narrador onipresente sobre a vida e obra de um amigo tão íntimo. O subterfúrgio narrativo foi atribuir ao próprio Leon as coordenadas, em uma espécie de documentário póstumo. Para isso, Escorel resgatou entrevistas e arquivos pessoais do diretor e “deixou que ele falasse”.
Segundo o diretor, o documentário não teve roteiro e foi construído a partir da pesquisa de material. Tratando-se de um exímio montador, Escorel organiza 70 minutos de filme com fragmentos que fogem da própria realidade e filmografia de Hirszman: para falar da chegada da família de Leon ao Brasil, utiliza trechos de O Imigrante (Chaplin, 1917), para citar a relação do diretor com os grevistas do ABC Paulista, evoca imagens de A Greve (Eisenstein, 1924).
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+ Cinema Novo neste blog:
- Breve biografia diGlauber
- Clássicos do cinema brasileiro: Vidas Secas
+ Vídeos
- Assista ao curta Partido Alto, dirigido por Hirszman, em 1982
- Assista ao trailer de Eles Não Usam Black Tie, de 1981
+ Leon na rede
- Site oficial do diretor
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Um comentário:
Quando eu ainda estudava na graduação apresentei (fazer discussão acerca do filme após sua exibição) um de seus filmes numa exposição de cinema: Eles não usam black-tie.
Seu trabalho é, de fato, uma forma de politizar a arte (no sentindo oposto de estetização da política). Hirszman fazia filmes não apenas com boa qualidade visual, mas também "engajados" em um propósito diante do contexto político em que se inseriam.
É bom lembrar dele!
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