O jornal Valor Econômico traz, na capa do caderno Eu & Fim de Semana desta sexta-feira, uma série de reportagens escritas por Matias M. Molina sobre a queda na circulação dos jornais impressos do País. De acordo com Molina, os jornais brasileiros atribuem a queda de 3,46% ocorrida no último ano ao cenário econômico negativo em 2009, quando o Produto Interno Bruto (PIB) ficou estagnado e a produção industrial encolheu 7%.
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Enquanto “Estadão”, “Folha” e “O Globo” perderam circulação, “Zero Hora” e “Correio Braziliense” ganharam mercado. Os jornais populares “Meia Hora”, “Extra”, “Diário de S.Paulo”, “Jornal da Tarde”, “Diário Gaúcho”, “Super Notícia” também venderam menos exemplares. O diretor editorial do Grupo Folha, Otavio Frias Filho, considera que os jornais de “interesse geral” (em oposição aos regionais e populares) perderam 12% de circulação no ano passado, segundo o “Valor”, editado por uma sociedade controlada pelos grupos “Folha” e “Globo”.
O impacto da internet é considerado outro fator para a queda da circulação. Leitores deixariam de comprar o jornal para lê-lo de graça na web. A ação dos “agregadores”, como Google e Yahoo!, também desencorajariam a compra de jornais. Outro fator seria a clipagem de matérias. Centenas de assinaturas deixaram de ser renovadas porque as empresas agora preferem receber um clipping eletrônico.
A própria estratégia dos jornais fez com que os gastos com vendas e promoção fossem reduzidos. “Na maior parte dos casos, a receita da circulação é insuficiente para cobrir os gastos com papel, impressão e distribuição”, diz a reportagem. Mas segundo Molina, o setor está otimista e aposta numa volta ao patamar anterior, ainda este ano.
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